Alagoas

Dois meses de COVID-19 em AL: situação atual e o futuro incerto da pandemia

Aumento no número de casos e luta pela conscientização da população

Por Marcos Filipe Sousa 08/05/2020 14h02
Dois meses de COVID-19 em AL: situação atual e o futuro incerto da pandemia
coronavírus - Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira (8) completam dois meses da confirmação do primeiro caso de COVID-19 em Alagoas. Desde então, muito mudou no enfrentamento do estado, com normais mais rígidas para evitar um aumento nos casos e um colapso no sistema de saúde.

O primeiro registro ocorreu em Maceió de um homem de 42 anos que voltou da Itália. E desde então o novo coronavírus se espalhou e está em 55 cidades, com 1.867 casos confirmados e 98 mortes, segundo o boletim divulgado pelo Estado nesta quinta-feira (07).

Assim como o restante do país, Alagoas vendo o número de casos aumentar; apertou as normas do isolamento social, proibindo circulação na praia, orla lagunar, além de aglomeração em locais públicos, e o uso obrigatório de máscara.

Segundo dados acumulados até 4 de maio e publicados em análise feita pelo projeto Coronavírus-MG, Alagoas ainda está com um índice de testagem baixo, tanto em relação ao tamanho da população, quanto ao número de casos suspeitos.

A cada 100 mil habitantes, apenas 98 estão sendo testados. Em outros estados do Nordeste, como Pernambuco por exemplo, o número sobe para 169; Sergipe está com 142 e o Rio Grande do Norte com 167.

Maceió é o epicentro da pandemia em Minas, com 1.473 casos confirmados e 61 mortes. A capital é seguida por Marechal Deodoro, Rio Largo e Arapiraca. O quinto município mais afetado é Murici.

Futuro e flexibilização do isolamento

No Estado, o comércio considerado não essencial está proibido de abrir as portas desde 13 de março. Alexandre Ayres, secretário de Estado da Saúde, já sinalizou que o afrouxamento das regras de isolamento dependerá do comportamento da população e o número de casos."Ela é a principal protagonista de tudo isso", disse o chefe da pasta em coletiva nesta quinta-feira (07).

No Dia das Mães, que é a segunda melhor data de vendas no comércio,  a Fercomércio-AL espera uma queda média de 40%. A entidade reconhece que o momento é crítico e pediu que empresários observassem as normas. 

O ultimo levantamento sobre o isolamento social, Alagoas estava registrando um percentual de 52, 47%.