Bolsonaro minimiza gastos de de R$ 3,76 mi com cartão corporativo
O total de gastos sigilosos vinculados ao presidente e sua família foi de R$ 3,76 mi nos primeiros quatro meses de 2020
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) minimizou neste domingo, 10, os gastos com cartões corporativos da Presidência. À apoiadores ele disse: “até gasto com cartão” gera polêmica em seu governo.
Reportagem da Estado de S.Paulo publicada ontem revela que os gastos com cartão corporativo na gestão Bolsonaro aumentaram e têm sido, em média, maiores do que nas gestões Michel Temer (MDB) e de Dilma Rousseff (PT).
O total de gastos sigilosos vinculados ao presidente e sua família foi de R$ 3,76 mi nos primeiros quatro meses de 2020, um salto em relação a períodos anteriores.
Como justificativa Bolsonaro disse que as despesas subiram porque teve buscar brasileiros que estavam isolados em Wuhan no início da pandemia do novo coronavírus.
“Teve quatro aviões para China para buscar gente lá. Daí gastou mesmo”, disse.
Entenda
De acordo com a reportagem do Estadão, de autoria dos jornalistas Patrick Camporez e Thiago Faria, a fatura no período foi de R$ 3,76 milhões, , valor que é lançado mensalmente no Portal da Transparência do governo, mas cujo detalhamento não é divulgado pelo Planalto.
Neste início de ano, essas despesas deram um salto e fugiram do padrão do que gastaram os ex-presidentes Dilma Rousseff e Michel Temer no mesmo período.
Ainda segundo a reportagem, os gastos fogem do padrão, inclusive, do que gastou o próprio Bolsonaro no seu primeiro ano de mandato, quando apresentou uma despesa de R$ 1,98 milhão de janeiro a abril.
Mas não foi só a fatura dos cartões ligados diretamente a Bolsonaro que explodiu neste início do ano. O total de despesas sigilosas da Presidência, que inclui também
Os gastos do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) também aumentaram na mesma proporção. De acordo com o Estadão,. foram R$ 7,55 milhões em despesas sigilosas da Presidência da República de janeiro a abril, 122% a mais do gasto no mesmo período do último ano do governo Temer.