Saúde

Pacientes tratados em casa devem redobrar cuidados, orienta infectologista

Isolamento, uso de máscara e higienização do ambiente doméstico reduzem riscos de contágio da Covid-19 entre os familiares, explica Luciana Pacheco

Por Agência Alagoas 11/05/2020 09h09
Pacientes tratados em casa devem redobrar cuidados, orienta infectologista
Além do distanciamento mínimo, a infectologista recomenda atenção com os novos hábitos de higienização - Foto: Ascom Helvio Auto

Pacientes com diagnóstico positivo da Covid-19 devem redobrar a atenção com a evolução dos sintomas e com o  possível contágio de familiares durante a quarentena realizada em casa.  A primeira orientação é que o tratamento no ambiente doméstico deve ser acompanhado, ainda que remotamente, por  um serviço médico. A mesma recomendação também vale para os casos suspeitos que aguardam confirmação. 

Nessas situações, em que não é possível interromper o convívio com outras pessoas dentro de casa, a infectologista Luciana Pacheco, gerente médica do Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA), explica que uma das principais alterações na rotina da família, é  manter o paciente isolado em um quarto, preferencialmente  bem ventilado e sempre que possível, com as janelas abertas. "Se não for possível permanecer num quarto individualmente, pelo menos manter a distância de 1,5 metro da pessoa doente, por exemplo, a outra pessoa deve dormir em outra cama ou colchão separado”.

Além do distanciamento mínimo, a infectologista recomenda atenção com os novos hábitos de higienização  do ambiente e pessoal principalmente entre o paciente e aqueles que o auxiliam. “Quem estiver na mesma residência, tem que lavar bem as mãos com água e sabão ou higienizá-las com álcool 70% após qualquer tipo de contato com o paciente ou o ambiente, antes e depois da preparação de alimentos, antes de comer e após usar o banheiro”, recomenda.

O uso correto de máscara de proteção cirúrgicas, cobrindo o nariz e a boca ,  também é apontado como fundamental para toda a família, mesmo que o paciente esteja isolado.  O importante, além da utilização é manter atenção para o descarte das  máscaras que devem ser trocadas sempre ficar úmida ou suja com secreção nasal. Imediatamente após o descarte é preciso lavar as mãos.

A limpeza em geral do ambiente  e o contato com substâncias fluidas geradas pelo paciente, segundo Luciana Pacheco,   também merecem cuidados. “Deve-se utilizar luvas e máscaras para realizar a limpeza de banheiros e na retirada de material utilizado para limpeza de secreções do nariz e boca”, alerta a médica.

Utensílios domésticos e  roupa de cama devem ser lavados separadamente dos objetos dos outros moradores da casa. A  higienização do quarto onde o paciente permanece deve ser feita  com uma solução de água com hipoclorito ou água sanitária (1 parte para 5 partes de água). Importante limpar as superfícies frequentemente tocadas como mesas, cadeiras, bancadas e superfícies do banheiro.

Após a limpeza, todos os resíduos gerados (luvas, máscaras e toalhas de papel) devem ser colocados primeiro num saco plástico dentro de uma lixeira com tampa antes de serem descartados adequadamente.