Arthur Lira encontra resistência em conseguir aliados para Bolsonaro
Cargos no Ministério da Saúde estão em negociação para evitar impeachment do presidente
Ainda não é certo o apoio irrestrito do Centrão ao governo Bolsonaro. Um dos principais líderes do grupo, o deputado Arthur Lira (Progressistas) já começou a ter dificuldades em levar para a base do governo importantes legendas, que estão insatisfeitas com os cargos que foram oferecidos.
Cerca de 170 deputados já se dizem membros do grupo de sustentação à Bolsonaro na Câmara Federal. No entanto, projetos que sejam impopulares não terão apoio das siglas e o presidente continuará, a depender da pauta, sozinho.
Há, ainda, legendas que não querem ter a nomenclatura como “da base do governo” e optam por seguirem uma linha “independente”. Republicanos e PTB são algumas dessas siglas.
Um membro da executiva do Republicanos revelou recentemente ao Correio Brasiliense que os cargos oferecidos até agora permitem uma postura “independente” e não “da base do governo”. Além disso, o parlamentar destacou que, em outros governos, o espaço dado pelo Planalto era muito maior, inclusive, com a indicação de ministérios e importantes cargos no segundo escalão.
A articulação do deputado alagoano Arthur Lira garantiu ao Centrão: o comando do Departamento Nacional de Obras Contra As Secas (DNOCS); a Secretaria de Mobilidade do Ministério de Desenvolvimento Regional; a Diretoria de Ações Educacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE); e uma diretoria da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Ainda estão em curso negociações para que o Centrão indique secretarias no Ministério da Saúde. Mas a pasta seria um desejo pessoal do deputado Arthur Lira como uma garantia caso ele não consiga o cargo de presidente da Câmara Federal.