Braskem analisa pedidos sobre evacuação de mais duas mil moradias
São 1.918 residências que precisam ser evacuadas, segundo relatório
Por causa da constante movimentação do solo nas áreas de risco, as Defesa Civil de Maceió e a Nacional e o Serviço Geológico Brasileiro (CPRM) recomendaram que mais 1.918 moradias fossem evacuadas nos bairros do Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto.
O novo Mapa de Setorização de Danos já foi entregue a força-tarefa que cuida do caso, composta pela Defensoria Pública do Estado (DPE/AL), Ministério Público do Estado (MPE/AL), Defensoria Pública da União (DPU) e Ministério Público Federal (MPF).
Em nota divulgada na segunda-feira, a força-tarefa disse que as novas necessidades serão levadas ao judiciário “na ação civil pública interposta no mês de abril de 2019, para que o juiz adote as providências necessárias”.
Também disse que entrou em contato com a Braskem. A força-tarefa pediu que a empresa adotasse providenciais imediatas “se adequando celeremente à situação apresentada, adotando medidas pertinentes a fim de garantir a segurança dos moradores dessa nova área de criticidade”.
Ao 7Segundos, a Braskem informou que recebeu o ofício e está analisando seus termos para poder se manifestar.
Novo mapa
De acordo com a Defesa Civil, a versão 2 do documento não altera o tipo de risco que afeta a área, mantendo a divisão por zona de fraturamento e processos erosivos (área verde), zona de movimento de massa (área rosa), zona de alagamento (área azul), além de zona de dolinamento.
Com a atualização, os órgãos responsáveis pelo documento recomendam ampliação da área de Criticidade 00 (realocação) em todos os Setores, tendo a necessidade de realocação de 1918 moradias, sendo 1485 distribuídas entre Pinheiro e Bebedouro (Setor 00), 120 na área do Mutange (Setor 01) e 313 no Bom Parto (Setor 02), devido à constante movimentação do solo decorrente ao processo que os bairros vêm sofrendo desde 2018.