Abraham Weintraub, ministro da Educação, deixa o governo Bolsonaro
Weintraub estava no cargo desde abril de 2019, quando substituiu Ricardo Vélez Rodríguez
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, acaba de anunciar que deixou o cargo nesta quinta-feira (18). Weintraub fez o anúncio em um vídeo publicado no seu canal no YouTube no qual aparece ao lado do presidente Jair Bolsonaro. O ministro atribuiu sua saída a um convite para ocupar um cargo de direção no Banco Mundial.
Economista de formação e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Weintraub estava no cargo desde abril de 2019, quando substituiu Ricardo Vélez Rodríguez. Antes, foi secretário-executivo da Casa Civil, também no governo Bolsonaro. Nesta terça-feira (16), o ministro já havia admitido que a sua situação no governo era incerta.
"Estou no cargo. Não sei meu futuro. Está difícil prever", disse, em declaração exclusiva à CNN.
A demissão do ministro foi cogitada diversas vezes neste período de um ano e dois meses, mas ganhou contornos mais claros depois da divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril. No encontro, Weintraub sugeriu a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi incluído no inquérito que apura fake news e ameaças contra a Corte.
"Eu percebo que tem muita gente com agenda própria. Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF", disse durante a reunião.
No último fim de semana, Weintraub se encontrou um grupo de manifestantes que conseguiram furar o bloqueio da Esplanada dos Ministérios, fechada para protestos pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Em vídeos compartilhados pelos apoiadores do governo, o ministro reitera ofensas aos magistrados.
Segundo a apuração do analista da CNN Igor Gadelha, o presidente Jair Bolsonaro ficou muito irritado com a presença de Weintraub no local. Para auxiliares do presidente, ele acabou dando força às reclamações dos ministros do STF, uma vez que as falas anteriores haviam sido feitas em uma reunião fechada ao público. Em entrevista, Bolsonaro disse que o ministro “não foi prudente” e não estava representado o Planalto naquele momento.
Antes deste episódio, o governo havia saído em defesa do ministro. Por meio do ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, o Planalto apresentou um habeas corpus ao Supremo. Com nove votos até quarta-feira (17), o STF já possuía maioria para derrotar o recurso.
À CNN, um auxiliar direto de Bolsonaro avaliou que, enquanto o presidente vem agindo para “proteger” e tirar o ministro do campo de ataque, buscando uma “saída honrosa”, Weintraub estaria agindo para obter ganhos políticos com a crise envolvendo seu nome.
Além do desgaste interno, a situação ainda lhe rendeu uma multa de R$ 2 mil, aplicada pelo governo do DF pelo ministro ter descumprido o decreto distrital que obriga o uso de máscaras de proteção em locais públicos.
Veja também
Últimas notícias
Defesa de Bolsonaro vai entrar com novos recursos, mas já prepara laudos médicos para prisão domiciliar
Homem é preso pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e violência doméstica em Arapiraca
Jovem casal é preso acusado de tráfico de drogas no município de Jundiá
Secretaria do Trabalho oferece mais de 2,5 mil vagas esta semana no Sine Alagoas
Botão de emergência é acionado para socorrer idoso que passou mal na orla de Maceió
Mulher esfaqueia companheiro durante briga em bar na zona rural de Minador do Negrão
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto
[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'
Militares lotados no 14º Batalhão de Joaquim Gomes prendem homem suspeito de estrupo de vulnerável
