Brasil

Escritório do Crime cobrava até R$ 1,5 milhão por assassinato

Grupo usava drones para vigiar alvos, diz polícia

Por G1 30/06/2020 13h01
Escritório do Crime cobrava até R$ 1,5 milhão por assassinato
Leonardo Gouveia da Silva, o Mad ou Paraíba, preso em Vila Valqueire - Foto: Reprodução/TV Globo

As investigações da Polícia Civil indicam que o Escritório do Crime cobrava entre R$ 1 milhão a R$ 1,5 milhão por cada execução e que a vigilância das vítimas, que chegava a durar até sete meses, era feita com uso de drones, segundo o delegado Daniel Rosa, da Divisão de Homicídios da Capital.

A polícia acredita que as execuções por encomenda aconteçam há mais de 10 anos.

O grupo de matadores, formado por policiais, ex-policiais e milicianos, é alvo da Operação Tânatos, deflagrada pela Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) nesta terça-feira (30). Ao todo, foram expedidos 4 mandados de prisão e 20 de busca e apreensão.

Os alvos são:

Anderson de Souza Oliveira, o Mugão;

Leandro Gouveia da Silva, o Tonhão, preso;

Leonardo Gouveia da Silva, o Mad ou Paraíba, preso;

João Luiz da Silva, o Gago.

Além dos dois homens já presos, um terceiro foi detido. Ele não era alvo da operação, mas tinha um mandado de prisão por homicídio, e estava na casa de Tonhão quando foi encontrado.

O MPRJ afirma que os denunciados possuíam ligação estreita com Adriano Magalhães da Nóbrega, o Capitão Adriano, morto em confronto com a polícia em fevereiro deste ano, na Bahia.

A Polícia Civil sustenta que Mad assumiu o comando do Escritório do Crime com a morte de Adriano.

O grupo chegou a ser investigado pelo atentado contra a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.