Moradores de Bebedouro cobram agilidade da Braskem sobre indenizações
Manifestantes se concentraram na porta da mineradora, nesta sexta
Moradores do bairro de Bebedouro, em Maceió, realizaram um protesto, na manhã desta sexta-feira (10), para cobrar agilidade da Braskem sobre as indenizações dos imóveis que foram desocupados, em decorrência da instabilidade do solo provocada pela extração de sal-gema da mineradora. O problema também afeta os bairros do Pinheiro, Mutange e Bom Parto.
De acordo com Waliston Bastos, líder comunitário do bairro, a concentração do protesto aconteceu na praça Lucena Maranhão. Em seguida, os moradores fizeram uma passeata até a porta da Braskem, no Mutange. "A gente pede que as indenizações sejam feitas de forma justa, que a morosidade não aconteça e que os prazos da visita social visita técnica e do pagamento das indenizações sejam realizados em um prazo mais curto, uma vez que os moradores são obrigados a sair das suas casas sem saber quando e quanto irão receber por suas casas", informou.
"Também estamos indignado com a forma com que a Braskem está tratando o bairro. A mineradora interditou junto com a prefeitura a via que liga Bebedouro ao Centro da cidade. Durante a noite e a madrugada é possível ver eles transitando com caminhões, guindastes, tratores e outros carros pesados danificando, inclusive, a estrutura das casas", complementou o líder comunitário.
A Polícia Militar, através do Gerenciamento de Crise, esteve presente. O protesto foi encerrado por volta das 10h.
Em nota, a Braskem informou que o Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação já realizou 2.618 mudanças de famílias das áreas de risco. Além disso, 721 propostas de compensação financeira foram aceitas pelos moradores. Ainda segundo a mineradora, as negociações continuam acontecendo à distância, por conta da pandemia de covid-19, e seguem o cronograma homologado pela justiça.
Veja a nota na íntegra:
A Braskem respeita o direito de manifestação pacífica e reitera a sua preocupação em priorizar a segurança das pessoas. Após seis meses do acordo firmado com as autoridades públicas, o Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação já realizou 2.618 mudanças de famílias das áreas de risco. Além disso, 721 propostas de compensação financeira foram aceitas pelos moradores. As negociações continuam acontecendo à distância, por conta da pandemia de covid-19, e seguem o cronograma homologado pela justiça.