Projeto do ONU-Habitat ouve moradores das grotas de Maceió até 31 de julho
Ação em parceria com o Governo de Alagoas realiza entrevistas por telefone para produzir diagnóstico sanitário e socioeconômico das comunidades durante pandemia
Desde a última sexta-feira (17), moradores das 100 grotas de Maceió têm recebido ligações com o DDD 21, que é o código telefônico do Rio de Janeiro, cidade onde fica localizado o escritório do ONU-Habitat. A chamada interestadual tem uma boa causa. Trata-se de pesquisa – sobre temas relacionados à Covid-19 – realizada pela agência das Nações Unidas dedicada às cidades e temas urbanos em parceria com o Governo de Alagoas.
Em síntese, o objetivo do projeto é ouvir – pelos próximos três meses – mais de duas mil pessoas e cerca de 100 líderes comunitários sobre a pandemia, assistência de saúde e situação socioeconômica dos moradores. Ao final da coleta e análise dos dados, será produzido um relatório que auxiliará gestores e governantes a elaborar respostas emergenciais e soluções sustentáveis para as comunidades menos favorecidas.
“O projeto tem essa grande virtude de poder orientar as políticas públicas e também orientar os próprios moradores e as comunidades situadas nas grotas”, explica Rayne Ferretti Moraes, Oficial Nacional do ONU-Habitat. “Acreditamos que o projeto vai poder qualificar bem as decisões do Governo de Alagoas”, complementa.
Mas, antes de tudo, atenção: em momento algum os entrevistadores solicitam informações e número de documentos pessoais, como RG, CPF ou dados bancários. Caso isso ocorra, desligue o telefone imediatamente.
Após se identificar como representante do ONU-Habitat e informar o motivo da ligação, o entrevistador fará uma série de perguntas sobre:
- Informações pessoais (idade, sexo, cor);
- Características e condições da residência (número de pessoas no domicílio, material de construção e acesso à água);
- Condição de trabalho e variação de renda;
- Acesso a serviços de saúde;
- Covid-19: o quanto conhece sobre a doença, se tomou medidas preventivas, se houve ou há pessoas no domicílio com doenças preexistentes, sintomas gripais, casos confirmados e óbitos.
- Indicação de vizinhos da mesma grota que possam responder à pesquisa.
A aplicação do questionário vai levar no máximo 15 minutos. O morador dedica um curto pedaço de tempo hoje para ajudar a melhorar – e muito – o amanhã.
O ONU-Habitat ressalta outro detalhe importante sobre o projeto: “As informações que as pessoas vão fornecer são confidenciais”, frisa Jônatas Ribeiro de Paula, Analista de Programas do ONU-Habitat no escritório de Maceió. “Nenhuma resposta será identificada no nome da pessoa e ela pode ficar à vontade para não responder e encerrar a entrevista a qualquer momento”, assegura.
Para esta primeira fase, que se estenderá até o dia 31 de julho, a iniciativa de título tão extenso quanto autoexplicativo – “Covid-19: Monitoramento e Resposta Rápida Baseada em Evidências em Assentamentos Informais de Maceió & Intercâmbio de Conhecimento com o Rio de Janeiro e Cidades Lusófonas” – estima ouvir as primeiras 400 pessoas.
A partir de agosto, inicia-se um segundo componente do projeto, que pretende selecionar e capacitar jovens nas comunidades para promover intercâmbio virtual sobre vivências e aspectos relacionados à pandemia com a garotada de países africanos de língua portuguesa – Guiné Bissau, Moçambique, Cabo Verde e Angola – onde a pesquisa também está sendo realizada.
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