Alagoas está entre os 9 estados com avaliação de crédito positiva pelo Tesouro Nacional
Rating da Secretaria do Tesouro Nacional dá nota A para o estado em poupança corrente e índice de liquidez e mantém nota B em endividamento

Alagoas vem sendo referência nacional nos aspectos fiscais, orçamentários e financeiros. Na última sexta-feira (07), a nota técnica da Coordenação-Geral de Relações e Análise Financeira dos Estados e Municípios (Corem/STN) manteve para o estado a nota B em Capacidade de Pagamento (Capag) no rating da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
Somente nove estados do país obtiveram Capag A ou B, o que permite à União garantir operações de crédito destes entes, mantendo taxas de juros mais vantajosas no mercado. A nota foi divulgada após a avaliação positiva de que Alagoas cumpriu todas as metas e compromissos estabelecidos para o exercício de 2019 do Programa de Reestruturação e de Ajuste Fiscal (PAF).
A metodologia para o cálculo é pautada em três indicadores: endividamento, poupança corrente e índice de liquidez. Com isso, após avaliar o grau de solvência, a relação entre despesas e receitas correntes e a situação de caixa, é feito o diagnóstico sobre a capacidade dos estados e municípios honrarem suas obrigações financeiras.
Nessa nova avaliação, Alagoas recebeu nota A, a maior do rating, nos critérios índice de liquidez e poupança corrente, e nota B quando se trata do indicador de endividamento. A secretária Especial do Tesouro Estadual, Renata dos Santos, explica a importância dessa avaliação, que demonstra uma gestão fiscal equilibrada.
“As notas ‘A’ recebidas demonstram que Alagoas, além de manter a despesa corrente controlada, também faz uma gestão da disponibilidade de caixa de forma prudente. A manutenção da nota B em endividamento ainda é um reflexo de dívidas que Alagoas carrega do passado. Somado a isso, apesar de termos tirado B em dívida, é importante lembrar que conseguimos passar de 177,80% da RCL em 2015 para 102,90% em 2019. A nota B geral é uma avaliação positiva para o estado, uma consolidação do equilíbrio fiscal”, reforça a secretária.
A Secretaria de Tesouro Nacional propõe, com a avaliação da capacidade de pagamento, analisar a concessão de garantia da União aos entes subnacionais. A implementação da análise Capag dos entes subnacionais se deu através do Sistema de Garantias da União, concebido para assegurar o equilíbrio das contas públicas, a responsabilidade dos agentes na condução da política fiscal e a natureza dos processos de endividamento dos entes federados. Os procedimentos são definidos pela STN e tem como objetivo garantir políticas e diretrizes bem definidas no que diz respeito a conter riscos operacionais e inadimplência.
Pelo quarto ano consecutivo, Alagoas mantém nota B e, segundo a Superintendente de Política Fiscal da Sefaz Alagoas, Monique Assis, isso só reafirma uma gestão comprometida com o equilíbrio fiscal que o estado tem promovido nos últimos anos. “Esse é um compromisso assumido pela gestão e vem sendo alcançado ao longo dos últimos anos. Uma nota importante para esses indicadores num momento como esse de pandemia, o que nos sinaliza uma margem para trabalhar e assegurar as atividades estaduais, já que estamos presenciando uma crise fiscal de proporções inesperadas”, colocou.
Metodologia
O indicador de endividamento é dado pela relação entre dívida consolidada bruta e a receita corrente líquida (RCL). Esse indicador busca avaliar o grau de solvência por meio da análise de seu estoque de passivo. O ente subnacional pode se enquadrar nas categorias de notas A, B e C. O segundo indicador, índice de liquidez (IL), consiste na relação entre as obrigações financeiras e a disponibilidade de caixa e analisa a capacidade de honrar suas despesas no curto prazo. Os parâmetros de classificação podem ser enquadrados como nota A ou C.
Em conseguinte, analisa-se a poupança corrente (PC) verificando se o ente federativo está fazendo poupança suficiente para absorver o crescimento de suas despesas, dado o fato de as despesas, geralmente, crescerem a uma taxa superior à receita. A metodologia de cálculo da poupança corrente leva em consideração a razão, despesas correntes e receitas correntes ajustadas. Dessa forma, quanto menor o indicador, melhor, visto que maior será a capacidade da receita corrente de financiar investimentos públicos ou amortizar a dívida. As notas avaliadoras podem ser classificadas entre A, B, C ou D.
Essas avaliações de capacidade de pagamento mensuram as emissões com o intuito de avaliar a situação fiscal, permitindo analisar o risco de adquirir um empréstimo por parte dos entes subnacionais garantidos pela União.
Últimas notícias

Após resultado, Neto Bomfim comemora vitória com apoiadores na sede da UVEAL em Maceió

Homem é morto a tiros enquanto atendia cliente em barbearia em São Miguel dos Campos

Helicóptero cai durante buscas por jovem desaparecida em Pernambuco

Alexandre de Moraes autoriza prisão domiciliar para mulher que pichou estátua da Justiça no 8 de janeiro

Performance apresentada no Drag Dinner Alagoas passa de um milhão de visualizações nas redes sociais

Presidente da Imprensa Oficial Graciliano Ramos é eleito diretor regional do Nordeste
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
