Uso de antidepressivos cresce em meio a pandemia. Farmacêutico alerta sobre perigos.
Consumidores procuram mercado negro para conseguir substâncias
Problemas emocionais e psíquicos são um dos reflexos da pandemia do novo coronavírus. É possível constatar o aumento da procura de remédios para tratar depressão e ansiedade na população em geral. O Conselho Regional de Farmácia de Alagoas (CRF-AL) alerta para o consumo irregular desse tipo de substância.
O volume de remédios para o tratamento de depressão, prescritos por planos de saúde empresariais, cresceu 5,7%. É o que aponta um estudo da ePharma.
Daniel Fortes, secretário-geral do conselho, explicou sobre esses medicamentos. “Eles são classificados como controlados e podem causar dependência química no usuário, por isso ocorre a retenção da receita médica nas farmácias ou postos de saúde”.
Os cinco remédios mais vendidos foram cloridrato de sertralina, cloridrato de fluoxitina, oxalato de escitalopram, cloridrato de amitriptilina e cloridrato de paroxitina.
“Infelizmente as pessoas acham que será uma solução rápida e procuram no mercado negro essas substâncias”, alertou.
O farmacêutico explica que a melhor forma de tratar insônia, ansiedade ou qualquer outro problema psíquico, a solução é procurar um profissional de saúde. “O médico irá observar qual a melhor forma de tratar, desde mudança de hábito, ou a prescrição de medicamento”.