Saúde

“UTI é ambiente de vida”, garante médico intensivista Diogo Brandão

Diogo ressalta que o paciente neurológico desenvolve sequelas por lesões chamadas secundárias

Por Assessoria 14/09/2020 17h05
“UTI é ambiente de vida”, garante médico intensivista Diogo Brandão
Médico intensivista Diogo Brandão - Foto: Assessoria

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um ambiente destinado a pacientes em condições médicas graves e com a Covid-19, muitas pessoas ficaram internadas nesta unidade e naturalmente o medo e ansiedade tomaram conta deles e dos familiares.

Diogo Brandão, médico intensiva da Neurointensiva – UTI neurológica do Hospital Memorial Arthur Ramos, explica que é importante desconstruir a ideia de que todo o paciente que chega a UTI está condenado a morte.

“O trabalho da terapia intensiva é na manutenção da vida, nós somos um ambiente de vida, acompanhamos os detalhes da evolução do paciente com todo os nossos profissionais de saúde e os resultados são positivos”, comentou.

De acordo com ele, o ambiente físico das UTI´s tem se tornado mais acolhedor e agregado a ele vem uma equipe multidisciplinar formada por enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticos, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. “Essa multidisciplinaridade associada a um bom treinamento consegue reduzir o risco de morte e sequelas. Os familiares sentem-se acolhidos e voltam para agradecer o atendimento independentemente do desfecho”, garantiu.

Outro ponto importante, segundo médico, está relacionado ao tratamento especializado. O que isso quer dizer? De acordo com a recomendação da Sociedade Americana de Terapia Intensiva paciente neurológicos, principalmente com acidente vascular cerebral (AVC) devem ser internados em UTI especializada. “A família ao perceber algum sinal deve imediatamente direcionar esse paciente para o atendimento especializado porque o primeiro socorro garante uma recuperação melhor e mais rápida”, falou.

Diogo ressalta que o paciente neurológico desenvolve sequelas por lesões chamadas secundárias, que ocorrem não pelo motivo que o levou à UTI mas por outras causas como falta de oxigênio ou queda da pressão arterial. “É fundamental que toda a equipe esteja treinada e atenta para redução destes riscos, isso se dá porque cada profissional da equipe é ouvido na hora de visita, desde o técnico de enfermagem até o médico, é a falta de comunicação que pode levar as complicações”, disse.