Nenhum parente foi reconhecer corpo de homem morto por botijão de gás no RJ
Se família não comparecer ao IML em 14 dias, vítima será enterrada como pessoa não identificada.
A Polícia Civil do RJ busca pistas que identifiquem o homem morto pela queda de um botijão de gás, na tarde de segunda-feira (12). O corpo do vendedor conhecido como Tronco está desde então no Instituto Médico-Legal (IML), e ninguém foi reconhecê-lo.
De acordo com a polícia, é preciso que algum parente vá ao IML para reclamar o corpo do vendedor. Se isso não acontecer em até 14 dias, ele será enterrado como pessoa não identificada.
No momento em que foi atingido, Tronco não tinha nenhum documento. Ele teve ferimentos graves e, segundo a polícia, a identificação só será possível por impressão digital ou exame da arcada dentária.
Moradores contaram que há anos ele vendia frutas em Copacabana.
Prisão em flagrante
O homem que arremessou o botijão é o pedreiro Venílson da Silva, de 33 anos, preso em flagrante e indiciado por homicídio doloso — quando a pessoa tem a intenção ou assume o risco de matar.
A irmã de Venílson disse à polícia que ele sofre de problemas mentais e que está em tratamento. A versão foi confirmada por duas outras pessoas que se apresentaram na delegacia como os contratantes do pedreiro.
Velocidade de 125 km/h
Testemunhas disseram que, antes, foram arremessadas partes de um fogão, que atingiram um carro estacionado na rua. O botijão, que matou Tronco na hora, pode ter chegado a 125 km/h.
“Um botijão de gás em queda livre, jogado do 12º andar de um prédio, leva de três a quatro segundos para chegar no solo, com aproximadamente 125 km/h”, afirmou Gerardo Portela, especialista em gerenciamento de risco.
“É um impacto letal para um ser humano”, acrescentou Portela.