Cofundadora do Nubank diz na TV que é ‘difícil’ contratar líderes negros
Junqueira disse que a empresa investe em programas de formação gratuitos, mas que não pode “nivelar por baixo”.
Cristina Junqueira, cofundadora da fintech Nubank, disse durante uma entrevista ao vivo no programa “Roda Viva” da TV Cultura que é “difícil” encontrar candidatos negros adequados a vagas de alta liderança em sua empresa.
O argumento de Junqueira é que o Nubank possui uma exigência muito alta para esses cargos, e que recrutar pessoas integrantes de minorias que se adequem a essas exigências é, nas palavras da executiva, “difícil”.
Junqueira disse que a empresa investe em programas de formação gratuitos, mas que não pode “nivelar por baixo”.
“Não adianta colocar alguém pra dentro que depois não vai ter condições de trabalhar com as equipes que a gente tem. Depois não vai ser bem avaliado. A gente não está resolvendo um problema, está criando outro, né?”
O comentário da executiva foi uma resposta à pergunta da jornalista Angelica Mari, da Forbes Brasil.
Angelica perguntou durante a sabatina ao vivo quais tipos de ações afirmativas a empresa planeja para colocar mais negros em posições de liderança dentro do Nubank.
Junqueira respondeu que a fintech possui “grupos focados de recrutamento para todas as funções para minorias” com objetivo de “ampliar o conjunto e candidatos para vagas”.
“Não basta ser uma empresa de tecnologias que pouca gente no Brasil conhece; tem a exigência do inglês, que pode ser uma barreira”, diz Junqueira. “A gente tem investido em formação para garantir que o acesso ao ‘pool’ de candidatos seja o mais diverso possível.”
A executiva admite haver um problema de representatividade nos quadros da empresa, mas afirma que sua equipe trabalha para corrigi-lo, e que busca uma “líder global de diversidade”.
A jornalista da Forbes questiona a demora dessa procura por uma líder de diversidade. Junqueira confirma:
“Já faz algum tempo que a gente procura para várias posições, inclusive uma vice-presidente de marketing para trabalhar comigo. Estou há bastante tempo procurando e é difícil. Recrutar Nubank sempre foi difícil.”
A jornalista questiona se esse “alto grau de exigência” não pode ser uma barreira para minorias, e a executiva rebate:
“Não dá pra nivelar por baixo. Por isso a gente quer investir em formação. Não adianta colocar alguém pra dentro que depois não vai ter condições de trabalhar com as equipes que a gente tem. Depois não vai ser bem avaliado. A gente não está resolvendo um problema, está criando outro, né?”
Assista ao trecho na íntegra da entrevista em que a cofundadora do Nubank fala sobre a entrada de pessoas negras na empresa:
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