Elevação nos casos de Covid-19 pode aumentar número de abstenções no 2º turno
Não votantes corresponde a soma da votação de cinco candidatos no 1ª turno
No primeiro turno das eleições em Maceió foi registrado o recorde de abstenções, 25,05%. O percentual corresponde a ausência de 148.318 eleitores. A elevação constante nos casos de Covid-19 e o medo em se contaminar com a doença podem influenciar para que esse número seja ainda maior no segundo turno, na disputa pela prefeitura da Capital.
A quantidade de eleitores que decidiram não votar em nenhum dos candidatos do primeiro turno corresponde a soma da votação de cinco candidatos. Juntando os votos de Davi Filho (Progressistas), Josan Leite (Patriota), Valéria Correia (PSOL) e Cícero Almeida (DC), equivale a 144.807. Ou seja, praticamente o mesmo número de pessoas que não foram às urnas.
O fato de o eleitor ter apenas de votar para prefeito, pode também influenciar para a ausência nas urnas, pois muitas pessoas são induzidas pelos candidatos ao cargo de vereador, que mantém presença nas ruas de forma constante.
Nestas eleições, realizadas em meio à pandemia do coronavírus, a abstenção foi a maior registrada em 20 anos no Brasil. Em todo o país, não foram votar 23,1% dos eleitores, o equivalente a 3,9 milhões de pessoas.
De acordo com o Boletim Epidemiológico emitido pela Secretaria de Estado da Saúde (SESAU), nesta quarta-feira (25), Maceió já registrou 30.559 casos de Covid-19, com 1.024 óbitos confirmados pela doença.
Antes das eleições, no dia 12 de novembro, a Capital registrou o total de 30.023 casos. Já no dia 23, depois do primeiro turno, subiu para 30.501. Um aumento de 478 caos em apenas 11 dias.
Nesta quarta-feira (25), a FioCruz registrou que Maceió está entre as quatro Capitais com considerável aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave.