Travesti foi morta por levar drogas em área de facção rival, aponta polícia
Autor dos disparos vai responder por por homicídio qualificado por motivo fútil
A Delegacia de Homicídios (DH) de Rio Largo concluiu o inquérito policial que investigou a morte da travesti conhecida socialmente como Joana D’Arc. Ela foi assassinada a tiros na zona rural do município no dia 25 de outubro.
As investigações apontaram que Joana D’Arc foi morta por levar drogas em uma área de facção rival a que pertencia.
No dia do crime, segunda a Polícia Civil, ela estava levando drogas ilícitas do Conjunto Antônio Lins, onde residia, para serem comercializadas no Conjunto Jarbas Oiticica, residenciais que ficam situados às margens da BR-104. O grupo criminoso do Conjunto Antônio Lins não aceitava que a vítima vendesse drogas na área do rival.
O delegado Lucimério Campos, titular da DH de Rio Largo, disse que é de conhecimento público que existe uma disputa territorial entre esses dois conjuntos habitacionais, estimulada pela influência de facções criminosas rivais, o que teria causado a morte de Joana D’Arc.
Ainda segundo o delegado, a facção ligada ao Antônio Lins determinou que um indivíduo ligado à organização criminosa, morador do conjunto, praticasse o crime.
“No dia 25 de outubro passado, a vítima foi vista pelo criminoso saindo de casa, oportunidade na qual ele a perseguiu montado em uma bicicleta e fez disparos de revólver calibre 38 contra ela. Atingida, Joana D”Arc tombou às margens da rodovia BR 104, no trecho de acesso ao Conjunto Antônio Lins, local onde veio a óbito”, acrescentou o delegado.
O autor dos disparos se apresentou na Delegacia de Homicídios de Rio Largo, acompanhado por advogado, sendo interrogado.
“Questionado sobre o crime, o investigado usou o direito constitucional ao silêncio. Ao final, foi indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil e por meio que impossibilitou a defesa da vítima”, afirmou Lucimério Campos.
O inquérito, agora, será encaminhado ao Judiciário, com pedido de prisão do acusado.