Pesquisa: a cada 10 pessoas infectadas em AL, 4 têm mutação do vírus
Friocruz analisou mil amostras coletadas durante o mês de fevereiro
A mutação da variante brasileira da Covid-19 apareceu em 42,6% dos casos alagoanos analisados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em uma pesquisa divulgada nessa quinta-feira (04). Isso significa que a cada dez pessoas infectadas e analisadas pela Fiocruz, mais de 4 tinham mutação E484K.
Foram analisadas mil amostras, coletadas durante o mês de fevereiro, em Alagoas e em outros sete estados: Ceará, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Minas Gerais.
Os pesquisadores apontaram que o Ceará tem o maior índice de prevalência de uma mutação da nova variante brasileira. Ela apareceu em 71,1% dos casos, o que significa que cada dez amostras de infectados cearenses, mais de sete tinham a mutação E484K.
A suspeita dos pesquisadores é que essa mutação em questão ajude vírus a ser mais transmissível e também enfraqueça a ação de anticorpos humanos.
A mutação E484K é uma das alterações identificadas na variante brasileira do vírus e é a mesma mutação está presente nas variantes da África do Sul e do Reino Unido.
Confira gráfico: