PIB de Alagoas cresce 0,78% no quarto trimestre de 2020, aponta Seplag
Apresentação dos dados que estimam o comportamento econômico de Alagoas foi feito em coletiva de imprensa
Embora a economia brasileira tenha despencado em 2020, a comparação com o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de outros estados mostra que a situação de Alagoas não está entre as piores. É o que mostrou o secretário de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), Fabrício Marques, durante coletiva à imprensa realizada nesta sexta-feira (30), na sede da Seplag.
Segundo o titular da pasta, no ano passado o Brasil registrou uma forte queda no PIB, porém Alagoas contabilizou uma queda menor do que a média brasileira no segundo, terceiro e quarto trimestres. Por outro lado, no 4º trimestre Alagoas cresceu 0,78%. Já o Brasil contabilizou queda de -1,14%. Os dados levam em conta o desempenho das atividades de indústria, agropecuária e serviços em comparação com 2019.
"No último trimestre do ano a economia alagoana virou a chave e apresentou um ligeiro crescimento de 0,78%. Apesar de, no todo, Alagoas ter caído 1,56% ano passado, isso foi muito concentrado até o terceiro trimestre. Já no quarto trimestre tudo indica que, eventualmente, o estado tenha um crescimento importante em 2021", analisou Fabrício Marques.
O setor industrial, por outro lado, apresentou recuo no período de análise. A estimativa da Seplag mostra que a área registrou uma queda de -0,74% no acumulado do ano. A única alta observada foi impulsionada, principalmente, pela indústria de construção (6,96%).
"A indústria de construção teve um forte crescimento no ano passado. Ela pesa muito na composição da indústria. E ela registrou, no ano passado, um crescimento de 6,96%. O que puxou o crescimento foi a atividade de construção de obras públicas. No ano passado, Alagoas investiu mais de R$ 1 milhão em obras públicas. Isso ajudou a neutralizar possíveis efeitos da queda da indústria", explicou o secretário.
Ainda de acordo com o levantamento, no acumulado de 2020, o setor agropecuário apresentou uma queda de -0,78%, puxada pela safra de cana-de-açúcar (-14,46%), laranja (-0,78%) e amendoim (-1,06%). "A gente vinha crescendo ano após ano e apresentou, no ano de 2020, uma ligeira queda em decorrência da queda da produção de cana publicada pelo IBGE", explicou o secretário.
E por fim, o setor de serviços apresentou uma variação de -1,88% no período de análise. No comércio, a queda foi puxada pelas restrições do funcionamento do comércio, em virtude da pandemia de Covid-19. Já no setor de saúde pública a queda foi de -1,51%.
"No Brasil inteiro, ano passado, apesar de todo esforço na pandemia, tivemos uma redução no volume de produção do setor de saúde, queda puxada pela redução do número de internações de baixa complexidade", enfatizou o titular da Seplag, secretário Fabrício Marques.