Calheiros quer candidatura própria do MDB, mas parabeniza encontro de Lula e FHC
Relator da CPI foi entrevistado pelo Correio Braziliense
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid-19, defende uma candidatura própria de seu partido para a presidência em 2022. Nesta segunda-feira (24) o Correio Braziliense publicou uma entrevista com o parlamentar sobre a Comissão e cenários políticos do país e de Alagoas.
“A última eleição municipal reafirmou a grandeza do partido com o maior número de prefeitos e vereadores. Uma capilaridade que não pode ser menosprezada. Entendo, conceitualmente, que no primeiro turno, as maiores legendas deveriam apresentar seus candidatos, ideários e propostas. Isso fortalece a democracia representativa”.
Questionado sobre a aproximação entres ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso; Renan Calheiros disse que enxerga o encontro como algo absolutamente natural. Ele acredita que não se trata de uma aliança, mas sim “encontro de pessoas que prezam a democracia”.
“Demonstração eloquente de que é possível a convivência pacífica entre pessoas que pensam de maneira divergente, sem que nenhum dos lados queira exterminar o outro. Esse fundamentalismo, essa jihad política, não pertence à nossa sociedade”.
Ele também foi questionado sobre as consequências em Alagoas da aproximação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o governo Bolsonaro.
Calheiros ressaltou que o Nordeste foi a única região onde Fernando Haddad venceu com quase 70% dos votos e também ressaltou que, em Alagoas, o candidato do PT teve 60% dos votos válidos.
“Não costumo me esquivar, mas é temerário fazer profecias políticas. Há muitos oráculos trincados por aí. Em Alagoas, o que posso atestar é que venho contando com a confiança dos eleitores há quatro mandatos. Isso fala por si. O MDB em Alagoas, como no resto do país, faz uma política de alianças, inclusive. Todos que possam colaborar para melhorar o estado, ajudar os alagoanos é sempre bem-vindo”.