Saúde

Mortalidade em Alagoas sobe 38% nos cinco primeiros meses de 2021

Neste ano, eram esperados 4.690 óbitos no estado, mas o número real ultrapassou a expectativa em 1.798

Por João Arthur Sampaio 31/05/2021 16h04 - Atualizado em 31/05/2021 16h04
Mortalidade em Alagoas sobe 38% nos cinco primeiros meses de 2021
Os enterros são feitos com rígidos protocolos - Foto: Assessoria

Em meio ao segundo ano da pandemia do novo coronavírus, Alagoas registrou um excesso de mortalidade de 38%. Na região Nordeste, o número foi de 48% e, no Brasil, de 64%. Neste ano, eram esperados 4.690 óbitos no estado, mas o número real ultrapassou a expectativa em 1.798.

Os dados são do Painel de Análise do Excesso de Mortalidade por Causas Naturais no Brasil em 2021, realizado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) em parceria com a organização global de saúde pública Vital Strategies e com a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).

O número deste período é 4% maior que o contabilizado no ano de 2020 inteiro, quando foi registrado um excedente de 34%. Na época, eram esperados 17.079, mas o número foi superado em 5.871.

Seguindo a tendência nacional, no Nordeste o público mais impactado eram homens de até 59 anos, com o excesso de morte proporcional em 62%. No Brasil e nas regiões Centro-Oeste e Sul, o perfil foi o mesmo, com 86%, 123% e 113%, respectivamente.

Número de mortes na capital

De acordo com informações da Arpen Alagoas, em Maceió, de 1º de janeiro ao dia 31 de maio, o número de mortes aumentou 13,9% quando comparado ao mesmo período em 2020, e 34% quando a comparação é feita com 2019.

Os números apontam que, em 2021, foram 3.731 mortes, sendo 962 por Covid-19; 366 por Septicemia; 325 por Pneumonia; 184 por Insuficiência Respiratória; 78 por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG); três indeterminadas; além de 1.813 por outras causas.

Quando analisamos os dados apenas do novo coronavírus, comparando 2020 a 2021, é evidenciado um aumento de 189,75% no número de óbitos pela doença nos cinco primeiros meses do ano.