Política

“Perseguição política”, diz deputado sobre punição a tenente-coronel que participou de ato contra Bolsonaro

Ronaldo Medeiros diz que militar está sendo vítima de intimidação

Por Berg Morais 04/06/2021 18h06 - Atualizado em 04/06/2021 18h06
“Perseguição política”, diz deputado sobre punição a tenente-coronel que participou de ato contra Bolsonaro
Ronaldo Medeiros - Foto: ALE Alagoas

O deputado estadual Ronaldo Medeiros (MDB) usou suas redes sociais, nesta sexta-feira (04), para classificar como “perseguição política” a Reclamação Disciplinar pelo Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg) contra a tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Camila Paiva.

De acordo com o parlamentar, a militar está sofrendo intimidação. “É lamentável a intimidação sofrida pela tenente-coronel Camila Paiva por se expressar e manifestar contra o Governo Federal”, escreveu Medeiros em sua conta no Twitter.

Ronaldo Medeiros prestou solidariedade à Camila Paiva e caracterizou como legítima a participação de militares em movimentos contra ou a favor de governos. “Todos têm direito de expressar sua opinião sem que haja perseguição política. Minha solidariedade!”, pontuou.

O Conseg justificou que Camila Paiva está sendo investigada por ter cometido “possíveis trangressões disciplinares” ao ter participado de um ato público contra o governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), no último sábado (29).

"Fatos noticiados dão conta de que a Tenente-Coronel Camila Paiva, integrante do Corpo de Bombeiros Militar, participou de manifestações político-partidário, bem como promoveu manifestação no interior do Colégio da Polícia Militar de Alagoas, portanto Organização Policial Militar, nascendo a necessidade de apuração de possível prática de transgressão disciplinar por parte da Tenente-Coronel, conforme previsto no Regulamento Disciplinar da Polícia Militar de Alagoas, Decreto nº 37.042/1996, Art. 32, incisos V, XVI e XLI, sem prejuízo de enquadramento em qualquer outra transgressão identificada no curso da apuração", diz um trecho do documento.

Camila Paiva se defendeu através das redes sociais e disse que suas manifestações políticas são pessoais. “Estou exercendo um direito democrático como cidadã, não estava de serviço, fardada, nem fiz alusão alguma ao meu cargo. Acredito sinceramente que não será o Estado de Alagoas que abrirá as portas para a perseguição política e a ditadura, derrubando assim o que ainda resta da nossa democracia”.