Secretário alega não ter adquirido CoronaVac por medo de 'cemitério de vacinas'
Élcio Franco, braço-direito de Pazuello, depõe à CPI da Covid nesta quarta (09)
O secretário-executivo do Ministério da Saúde durante a gestão de Pazuello, Élcio Franco, informou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, nesta quarta-feira (09), que o governo federal não adquiriu doses da CoronaVac em 2020 devido a "incertezas" e medo de que o imunizante terminasse em um "cemitério de vacinas".
"A fase 3 também é considerada um cemitério de vacinas. Isso cabe para destacar que o desenvolvimento das vacinas gera muitas incertezas. Esse é um aspecto que permeou as negociações de todas as vacinas. Pode haver o insucesso no desenvolvimento da vacina. A vacina, na fase 3, pode não lograr êxito e não ser aprovada", informou Élcio Franco.
O senador Omar Aziz (PSD/AM) questionou o argumento do braço-direito de Pazuello sobre a fase 3, visto que o imunizante da Astrazeneca/Oxford foi adquirido nesse estágio. "Poderia haver insucesso, sim. Mas durante o desenvolvimento tecnológico, a Fiocruz ampliou a estrutura de vacinas, adquiriu equipamentos e assimilou uma nova tecnologia", respondeu Élcio.