Pesquisa aponta que negros possuem menos oportunidades em Alagoas
Segundo o Ifer, as regiões mais ricas são as que mais têm barreiras nas oportunidades para negros e pardos
Uma pesquisa da Folha de São Paulo divulgada nesta segunda-feira (21) mediu os resultados da exclusão social enfrentado pela população negra, no Brasil. De acordo com os resultados, Alagoas é o segundo estado em todo Nordeste com mais desigualdade por cor de pele.
O estado fica atrás apenas do Ceará. Em relação ao país inteiro, Alagoas ficou em sexto lugar, enquanto que se tratando de acesso ao ensino superior, o estado ocupou a segunda pior posição.
A reportagem foi baseada no Índice Folha de Equilíbrio Racial (Ifer), que teve a metodologia criada por Sergio Firpo, Michael França, Alysson Portella, com o intuito de medir a distância entre a realidade de desigualdade racial nos estados e nas regiões do país e um cenário hipotético de equilíbrio.
A pesquisa levou em conta três fatores: a posse de, no mínimo, um diploma de ensino superior; a presença no topo da distribuição de renda; e a presença no grupo de habitantes mais longevos.
De acordo com o Ifer, as regiões mais ricas do brasil falham mais em dar oportunidades iguais a negros e brancos. A pesquisa indicou que, embora seja a região mais rica, o Sudeste é onde mais se impõem barreiras para que pretos e pardos tenham as mesmas oportunidades que brancos.
O que significa que a desigualdade não ocorre apenas em locais pobres, onde há pouco a distribuir.
O Ifer indicou o Centro-Oeste como a região com a menor desigualdade pela cor da pele.