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Polícia investiga origem da bicicleta comprada por jovem negro acusado falsamente de furto

A vítima foi localizada pela loja que vende o produto original, pelo número de chassi fornecido pela polícia

Por Catraca Livre 21/06/2021 21h09
Polícia investiga origem da bicicleta comprada por jovem negro acusado falsamente de furto
A vítima foi localizada pela loja que vende o produto original, pelo número de chassi fornecido pela polícia - Foto: Reprodução/Web

A bicicleta motorizada utilizada por Matheus Ribeiro quando foi acusado injustamente de furto por Mariana Spinelli e Tomás Oliveira na tarde do último sábado, dia 12, foi apreendida por policiais da 14ª DP (Leblon). A bike foi furtada de um empresário, em Ipanema, também na Zona Sul, em 18 de fevereiro, e está sendo periciada por profissionais do Instituto Carlos Éboli (ICCE) para, posteriormente, ser devolvida ao proprietário.

De acordo com informações de O Globo, o jovem disse para os policiais que comprou a bicicleta em um site na internet, em 1º de abril, mas que não possuía a nota fiscal e apresentou uma foto de uma transação financeira e chaves falsificadas com o logo de uma marca de motocicleta. A polícia investiga o crime de receptação.

O crime de receptação, em breve resumo, pode ser entendido com o ato de receber algo que seja produto de um crime.

“A Polícia Civil informa que a bicicleta elétrica utilizada por Matheus Ribeiro foi apreendida por ser produto de furto e será devolvida ao seu legítimo proprietário. Matheus e um homem que vendeu a ele o equipamento estão sendo investigados pela receptação. O inquérito segue em andamento e apura também o furtador da bicicleta”, informou, em nota, a Polícia Civil.

Em entrevista para o Fantástico, Matheus disse que não sabia que o produto tinha origem ilícita. “Não, a gente [Matheus e a namorada] nunca faria uma coisa do tipo. Por ser uma bicicleta usada, a gente especificou que tivesse próximo de metade do valor de uma bicicleta nova”, disse.

A Polícia Civil não tem informações sobre o autor do furto e não informou se o crime gerou a abertura de um boletim de ocorrência na época. A vítima foi localizada pela loja que vende o produto original, pelo número de chassi fornecido pela polícia.