Moradores afetados pela extração da sal gema bloqueiam Av. Fernandes Lima em protesto
A manifestação aconteceu por conta insatisfação com os acordos propostos pela Braskem
Moradores dos bairros afetados pela extração de sal gema bloquearam as duas vias da Avenida Fernandes Lima, às 8h desta quinta-feira (08). Os manifestantes foram ás ruas para demostrar a insatisfação com os acordos propostos pela Braskem, responsável pela mineração nas localidades.
O presidente do Sindicato dos Agentes de Saúde de Alagoas, Maurício Sarmento, também morador do bebedouro, explicou que o acordo feito entre o MPF e a Braskem não contempla os interesses dos moradores dos bairros afetados, pois não teve a participação dos mesmos, e nem das lideranças e movimentos unificados.
No dia 17 de junho, a empresa mineradora e o Ministério Público Federal (MPF), e o Ministério Público do Estado de Alagoas (MP/AL), fizeram um acordo de reanálise aos assistidos que solicitam reavaliação da proposta de indenização dentro do Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação (PCF).

Já o conselheiro tutelar, Expedito Luiz, de 60 anos disse que morava há 40 anos na residência no bairro do Bebedouro, e que a proposta que recebeu da Braskem era indecente. Ele confessou que tem acompanhamento psiquiátrico e psicológico após perder a casa, além de não ter recebido a segunda proposta.
“Minha casa foi avaliada em R$ 380 mil e eles vieram com uma proposta ridícula, a primeira proposta, de R$ 82 mil”, disse José Adalto Liberal, Industriário aposentado de 64 anos.
Sobre o protesto, a Braskem emitiu a seguinte nota:
A Braskem enviou resposta formal à manifestação do MUVB, no prazo solicitado, por meio de ofício que também foi endereçado ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL). No documento, a empresa demonstra que todos os pleitos apresentados já fazem parte das regras do Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação (PCF).
Ainda que haja divergências quanto ao formato de alguns critérios, não há lacunas ou necessidade de renegociação do Termo de Acordo que foi firmado com as autoridades*, homologado pela Justiça e acompanhado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O PCF foi construído amparado na legislação e na jurisprudência aplicáveis a casos similares. Na época, as autoridades promoveram escuta à comunidade em diversasoportunidades – e foi a partir dos pleitos trazidos por moradores e comerciantes que as condições do acordo foram definidas. A Braskem também realizou reuniões e criou um setor de relacionamento com a comunidade, para receber contribuições e esclarecer dúvidas. Portanto, a empresa discorda, veementemente, da alegação de que não houve participação da comunidade durante o processo.
O cumprimento do Termo de Acordo é fiscalizado pelas autoridades, e o PCF vem sendo constantemente aperfeiçoado a partir do processo de escuta à população – feito pelas autoridades e pela empresa. Nessa evolução, dois aditivos e 24 termos de resoluções foram firmados entre as partes, para regulamentar e aprimorar aspectos específicos do programa. Há, ainda, um fluxo formal de comunicação entre as autoridades e a Braskem, para esclarecimento de dúvidas dos moradores.
Entre os ajustes recentes, alguns atendem demandas trazidas pelo MUVB, como as resoluções que estabelecem prazos de referência para a apresentação de propostas e pedidos de reanálise. Com base nesses novos critérios, propostas de indenização já foram apresentadas e aceitas. O PCF registra hoje um total de 7.519 propostas de indenização apresentadas e apenas 26 recusadas. A média de apresentação de propostas é de 630 por mês.
A Braskem respeita o direito de manifestação pacífica e reitera seu compromisso com a segurança dos moradores dos bairros afetados pelo fenômeno geológico, propondo e executando as ações necessárias para isso.
*Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Defensoria Pública da União e Defensoria Pública Estadual.
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