Procurador do Trabalho diz que morte de pintor era “extremamente evitável”
Jeová Ferreira morreu ao cair do quinto andar de um prédio no bairro da Santa Amélia, Maceió
O Ministério Público do Trabalho se pronunciou sobre a morte de Jeová Ferreira, no início da tarde desta quarta-feira (21). Jeová pintava o quinto andar de um prédio no bairro da Santa Amélia, parte alta de Maceió, quando sofreu uma descarga elétrica e caiu.
Em entrevista, o procurador do Trabalho, Rodrigo Alencar, disse que o acidente era algo que poderia ter sido evitado se as normas de segurança tivessem sido cumpridas.
Segundo informações de populares, o trabalhador não estaria usando equipamento de proteção (EPI) no momento do acidente no Condomínio Mirante da Lagoa, o que ainda não foi confirmado pelas autoridades.
“O trabalho em altura possui uma norma específica, que é a norma regulamentadora nº 35 e ela exige uma série de medidas para evitar eventos como o que aconteceu hoje”, lembrou o procurador. “É preciso que sejam observadas todas essas normas de segurança. Tanto pelo síndico, que contrata a empresa para saber se é uma empresa idônea e se os trabalhadores são capacitados, como pela própria empresa, que emprega aquele trabalhador. O responsável principal é a empresa, mas o síndico também tem responsabilidade nesse caso”, alertou.
O procurador deixou claro que ainda não há como indiciar ninguém, já que as investigações começaram hoje.
O caso foi distribuído para Rodrigo Alencar, que entrou em contado com a Superintendência Regional do Trabalho. Segundo ele, auditores fiscais do trabalho irão analisar o acidente para emitir um relatório e apontar as causas diretas e indiretas do acidente. O Instituto de Criminalística também irá ao local para colher informações.