É falsa a afirmação de que vacina teria células de aborto ou produtos tóxicos
Mensagem compartilhada no WhatsApp faz acusação contra farmacêuticas
Circulam no Whatsapp várias informações sobre as fabricantes de vacina contra Covid-19. Entre elas, a acusação de que o imunizante da Janssen, companhia farmacêutica da multinacional Johnson & Johnson, apresentaria células de aborto em sua composição. A informação é falsa. Tecnologia da companhia já foi utilizada para desenvolver imunizantes contra o Ebola, Zika e HIV.
A mensagem compartilhada não apresenta fontes. “A vacina com maior quantidade de células de aborto!”, acusa o texto em uma imagem contra a vacina da Janssen.
O conteúdo é falso. A Janssen esclarece que a tecnologia utilizada pelo imunizante é, inclusive, a mesma de outras vacinas. “A vacina da empresa contra a COVID-19 utiliza a plataforma AdVac, tecnologia já comprovada, que também foi usada pela Janssen para desenvolver e fabricar o regime de imunização contra o vírus Ebola, aprovado pela Comissão Europeia. A tecnologia AdVac também é a plataforma usada no desenvolvimento de suas vacinas contra Zika, vírus sincicial respiratório (VSR) e HIV”, informou por e-mail. “É falsa a afirmação de que a vacina contenha células de aborto e produtos tóxicos”, assegura a empresa.
A farmacêutica também lembra que estudos de fase 3 demonstraram que a vacina de dose única é 85% eficaz contra quadros clínicos graves e forneceu proteção completa contra hospitalização e morte relacionadas ao novo coronavírus.
O uso emergencial foi liberado em cerca de 80 países, com base nos dados de eficácia e segurança validados pelas principais autoridades de saúde do mundo, como Agência Europeia de Medicamentos (EMA), Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos e no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Organização Mundial da Saúde recomenda o uso da vacina da Janssen e disponibiliza detalhes sobre o imunizante.
O site de monitoramento de vacinação do Ministério da Saúde mostra que até esse domingo (1º) Alagoas já aplicou 1.856.939 doses da vacina contra a Covid-19. Do total, 1.321.945 foram de primeiras doses, 483.152 da segunda e 51.842 foram com doses únicas da Janssen. Com o avanço na campanha da vacinação, o estado registrou queda de 35% na ocupação de leitos exclusivos para o tratamento contra Covid-19.