Economia

Governo quer implantar moeda virtual e Rodrigo Cunha propõe audiência no Senado sobre Real Digital

A moeda digital será garantida pelo BC e as instituições financeiras vão apenas guardar o dinheiro para o cliente que optar pela nova modalidade

Por Assessoria 21/08/2021 14h02
Governo quer implantar moeda virtual e Rodrigo Cunha propõe audiência no Senado sobre Real Digital
Senador Rodrigo Cunha - Foto: Assessoria

A possibilidade de criação e implantação de uma moeda digital brasileira — o Real Digital — pelo Banco Central será tema de audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado (CCT). A iniciativa é do presidente dessa comissão, senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL).

“Precisamos saber em que pé isso está e qual o benefício que trará para o povo brasileiro. O assunto é importante e diferente — afirmou o senador alagoano, lembrando que o próprio Banco Central tem divulgado na imprensa a intenção de criar a moeda digital.

A iniciativa de Rodrigo Cunha recebeu o apoio do senador Jean Paul Prates (PT-RN), que destacou a diferença entre criptomoeda e moeda digital. Jean Paul explicou que ambas são moedas eletrônicas, mas as digitais são controladas por instituições reconhecidas por um governo, como os bancos centrais.

“Gostaria de ressaltar que não se trata de criptomoeda brasileira livre, mas de uma moeda regulada pelo Banco Central. Esse é um assunto ainda desconhecido das pessoas, importante e diferente, de inovação, que precisamos discutir” declarou Jean Paul, em apoio à iniciativa de Cunha. A data dessa audiência ainda será confirmada.

O que é o Real Digital

O Banco Central (BC) pretende emitir uma versão virtual da moeda corrente no Brasil. Esta moeda seria o Real Digital. As transações digitais, seja por meio de transferências, cartões ou Pix, facilitam o dia a dia e já fazem parte da rotina de muitos consumidores. E com o Real Digital, segundo o BC, os brasileiros terão mais uma forma de lidar com o dinheiro.

De acordo com dados do BC, em junho de 2021, o total de papel-moeda em poder das pessoas era de R$ 283 bilhões, enquanto o volume de depósitos à vista (dinheiro depositado em conta-corrente, sem remuneração pelo banco) era de R$ 333 bilhões.

Ao acrescentar a esse valor outras formas de liquidez, como os depósitos remunerados, operações compromissadas (compra e recompra de ativos com pagamento de juros) e títulos públicos federais, havia um total de R$ 8,9 trilhões disponíveis de forma digital.

A moeda digital será garantida pelo BC e as instituições financeiras vão apenas guardar o dinheiro para o cliente que optar pela nova modalidade.