Morre aos 66 anos Paulo Rafael, guitarrista de Alceu Valença
Natural de Caruaru, Paulo Rafael era integrante também do Ave Sangria
O músico pernambucano Paulo Rafael morreu, aos 66 anos, nesta segunda-feira (23). Referência da guitarra no país, ele fazia parte da banda de Alceu Valença e do Ave Sangria. Segundo parentes, Paulo estava internado e em tratamento de um câncer no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, onde faleceu (veja vídeo acima).
Natural de Caruaru, no Agreste pernambucano, o músico começou a carreira nos anos de 1970 no Recife, como integrante da banda Ave Sangria. O grupo produzia rock com raízes nordestinas e, há sete anos, retomaram as atividades e lançaram um novo disco.
O guitarrista teve uma parceria de mais de 40 anos com Alceu Valença, além de várias participações em projetos e como produtor de artistas consagrados, com Zé Ramalho, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho e Lobão. Foi ele quem escreveu o arranjo da faixa "Vaca profana", de Caetano Veloso, gravado por Gal Costa.
O músico deixou esposa, neta e filha. O velório, que estava previsto para esta segunda, foi adiado pela família para a terça-feira (24), no Cemitério da Penitência, no Rio de Janeiro, com cremação prevista para a parte da tarde.
Repercussão
Por meio de uma rede social, a cantora Elba Ramalho prestou homenagem ao guitarrista. “Amigo e parceiro musical em tantos momentos icônicos da música brasileira”, escreveu. Ela declarou, ainda, que vai sentir falta da “guitarra doce e pontual selada na obra de Alceu Valença, com quem você caminhou nas últimas décadas”.
Geraldo Azevedo, também pelas redes sociais, relembrou que Paulo Rafael era um amigo de longa data. "Juntos, trilhamos um caminho cercado de carinho e realizamos diversos trabalhos. [...] Siga em paz, Paulinho! Esse mundo aqui jamais vai ser o mesmo sem você ", disse.
O presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Marcelo Canuto, lamentou a morte do músico em nota.
"Foi um dos caras mais carinhosos e conciliadores com quem já convivi. Conheci Paulo há mais de 40 anos e sempre admirei sua capacidade inventiva na música. Era um exemplo de como lidar com a fama e com o mundo artístico de forma profissional, mas sem perder a paixão pelo que fazia. Perdi um amigo e também um dos meus ídolos", escreveu Canuto.
O secretário de Cultura, Ricardo Mello, e o presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, José Manoel Sobrinho, também emitiram nota de pesar, apontando Paulo Rafael como "uma das guitarras mais ouvidas e respeitadas da história recente da música pernambucana e brasileira".
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