Suspeito de estuprar criança de 4 anos é preso na tarde desta quarta-feira em Maceió
A mãe da vítima e o chefe de operações da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente deram entrevistas dando mais detalhes sobre o caso.

Nesta quarta-feira (1°), a mãe da menina de 4 anos que teria sido estuprada pelo namorado da babá deu uma entrevista exclusiva ao Cidade Alerta, relatando como foi quando ela descobriu sobre o estupro. O chefe de operações da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Alan Barbosa, também foi entrevistado e deu mais detalhes sobre os desdobramentos do caso.
A mãe da criança, que não foi identificada, relata ter ido trabalhar enquanto a filha ficava sob os cuidados da babá, que é sobrinha da dona da casa em que ela mora de aluguel. “Eu estava trabalhando e deixei a minha filha com a babá em casa. Quando eu cheguei, a menina não estava mais em casa, estava na casa dela. Eu peguei a menina dormindo e fui dormir junto com ela. Quando a menina acordou, eu fui dar banho nela”. No momento em que ela começou a dar banho em sua filha, a criança começou a se queixar de dores em sua região íntima. “Mamãe, não lave o meu “pipiu”, não. Meu “pipiu” tá doendo porque o menino botou o dedo com força”, contou.
Segundo a matriarca, ela teria terminado de dar banho na criança e, na mesma hora, chamou a babá para perguntar o que tinha acontecido. “A babá dela disse que não sabia de nada e não colocou ninguém dentro da casa. Só que a minha filha diz que ele entrou lá em casa e ela viu. Ela viu toda a situação, vestiu a roupa da menina e botou ele pra fora”.
Quando perguntado o que a menina teria falado sobre o que havia acontecido, a mãe diz que o suspeito, de 18 anos, “beijou na boca, beijou no "pipiu", pegou nos peitos dela, beijou na bunda, botou os dedos no "pipiu" dela...”. Ela ainda concluiu dizendo que “ele não botou o órgão dele nela mas mexeu nela com o dedo”.
Segundo a mãe da vítima, a menina reconhece o suspeito quando apresentado. “Graças a Deus ela é muito inteligente, muito desenrolada, entendeu? E pode perguntar dez vezes a ela e ela fala a mesma coisa.”
“Cheguei a conversar com ele. Eu e minha amiga batemos nele. Eu estava de cabeça quente. Uma mãe revoltada, né? Eu fui pra cima dele mesmo e bati nele”, declarou.
Ela ainda diz ter dado permissão para divulgarem o vídeo da criança, que está circulando pela internet, relatando os abusos sofridos para que o caso ganhasse visibilidade.
A repórter ainda pergunta se essa situação ocorria com frequência e, segundo a mãe, “foi a única vez. A primeira vez. A primeira e a última!”. Ela ainda finaliza dizendo não conseguir mais voltar para a própria casa por estar sendo ameaçada pela família do suspeito e pede justiça pela filha. “Eu estou arrasada. Eu só quero justiça. Só quero justiça porque isso não se faz, não!”
Além da mãe da menina, a babá também prestou depoimento para a polícia na tarde desta quarta-feira.
A Polícia Civil prendeu o suspeito depois de um acordo com o advogado dele. “Como nós fomos em alguns endereços, o advogado dele nos procurou e negociamos a apresentação dele. Foi a melhor forma. O cerco já estava se fechando para ele, tanto do lado da polícia, quanto da sociedade. Ele chegou a ser espancado e ameaçado, então foi a melhor solução. A melhor saída para ele foi se entregar”, disse Barbosa.
“O depoimento da criança é consistente, são iguais, praticamente igual ao que tem no vídeo. Então é um tipo de crime que não tem muita prova, não tem muito o que se buscar”. Apesar do resultado dos exames realizados pelo Instituto de Medicina Legal (IML) ter chances de dar negativo por não haver conjunção carnal, o chefe de operações da DPCA explica que “o mais importante nisso tudo é o depoimento da vítima, da criança. É o que a gente toma como prova maior.”
Na delegacia, o suspeito nega ser autor do crime que está sendo atribuído à ele, apesar de confirmar que esteve na casa e ter passado a noite por lá. A babá também negou em seu depoimento, porém ela não garante que, enquanto eles estavam dormindo, nada tenha acontecido. Apesar disso, Barbosa afirma que a versão da criança é a mais importante no caso e que acredita nela.
O suspeito está em carceragem na Central de Flagrantes e amanhã será levado ao sistema prisional para ficar à disposição da Justiça.
O caso ocorreu no dia 27 de agosto, no bairro da Ponta Grossa, em Maceió, e a mãe só fez o boletim de ocorrência três dias depois, no dia 30 de agosto. Alan diz que a mãe da criança não procurou a polícia. “Nós que fomos atrás dela para iniciar os depoimentos” depois de terem acesso ao vídeo divulgado na internet. “De imediato já expuseram a criança, que é uma coisa errada. A criança não pode passar por esse tipo de constrangimento”, acrescenta sobre a exposição da vítima menor de idade nas redes.
Ele ainda concluiu dizendo que, além do estupro, o caso já teve outros dois desdobramentos, sendo eles as ameaças que o suspeito tem feito à mãe da criança e tentativa de homicídio, quando atiraram no veículo em que o suspeito estava.
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