Com recuo do PIB, comércio em Maceió espera "sobreviver" nos próximos meses
Setor de serviços é o único dos três grandes da economia brasileira que ainda não recuperou o patamar pré-pandemia
O Produto Interno Bruto (PIB) recuou 0,1% no segundo trimestre de 2021, em comparação com os primeiros três meses do ano. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O setor de serviços, que também engloba o comércio, é o único dos três grandes da economia brasileira que ainda não recuperou o patamar pré-pandemia.
Segundo explicou o assessor econômico da Fecomércio, Victor Hortencio, ao portal 7Segundos, a área foi a que "segurou" o PIB, para que não houvesse uma queda maior. Entretanto, a perspectiva para o final do ano e para 2022 é pessimista, com a ideia de "continuar sobrevivendo".
"A pandemia ainda não passou. Enquanto essa questão não for resolvida, acho interessante manter as políticas públicas voltadas para garantir o emprego e o auxílio emergencial. Tudo isso faz com que você mantenha o poder de compra da população. Além das políticas estaduais de apoio às micro e pequenas empresas. Também em meio a isso tudo, a continuação do funcionamento do setor, seguindo as medidas protetivas de saúde", ponderou.
O valor PIB é calculado com base nos três grandes setores (indústria, pecuária e serviços). Victor detalhou que o comércio segurou os demais porque também é um subproduto das outras categorias, uma vez que nenhuma vive sem a comercialização.
"Temos um crescimento sustentado agora, mas a longo prazo o prejuízo pode ser maior. A curto prazo temos a alta do desemprego e uma crise hídrica. Crise essa que mexe com todos os setores, já que afeta a produtividade", pontuou.