Tereza Nelma leva curso da Fiocruz para mulheres de comunidades tradicionais em diversos estados
O curso aborda saúde, gestão e empoderamento com duração de seis meses tendo como público-alvo as mulheres marisqueiras, mulheres das comunidades quilombolas e de religião de matriz africada
Com uma emenda coletiva no valor R$ 1 milhão e parceria com a Fiocruz, a deputada Tereza Nelma (PSDB-AL) vai promover, pela primeira vez em Alagoas, um curso de Formação de Saúde para mulheres das comunidades tradicionais. O curso tem duração de seis meses e serão contempladas mulheres marisqueiras, mulheres da religião de matriz africana e mulheres quilombolas. Serão atendidas 10 comunidades em 6 municípios alagoanos. A aula inaugural acontece hoje, às 17h30, com transmissão pelo Canal da Fiocruz no Youtube, com a presença da deputada.
Serão três ciclos com aulas virtuais e um último ciclo presencial. Em cada ciclo será feita uma abordagem como foco no empoderamento, geração de renda, trazendo possibilidades para que elas busquem outros caminhos. Para Tereza Nelma, a realização do curso é importante para que as mulheres sejam inseridas especialmente em uma época de pandemia onde muitas foram afetadas. “Precisamos abrir caminhos e possibilitar o crescimento das mulheres das comunidades tradicionais. O curso vai impactar toda a comunidade porque elas serão multiplicadoras de conhecimento, vão ensinar a outras mulheres. O conhecimento liberta, transforma e estamos levando conhecimento para mudar a realidade dessas mulheres, tornando-as cada vez mais independentes”, ressaltou Nelma que já traz em seu mandato a marca da parlamentar que mais investiu em comunidades Quilombolas.
O curso terá as seguintes temáticas: Saúde e direitos humanos para as mulheres; Autogestão, geração de renda e economia para as mulheres; promoção e vigilância da saúde da mulher e apresentação da ação local realizados pelas educandas.
A coordenadora do curso em Alagoas, Elis Lopes, disse que serão seis tutoras para os cursos que contarão com a participação de 50 mulheres. Segundo ela, o desafio maior é o fato de ser feito remotamente e por isso foram dadas as condições. “No total serão formadas 300 mulheres no Brasil. O curso é um desafio por ser on-line mas temos apostilas direcionadas até para aquelas que tem baixo grau de instrução, também disponibilizamos a função de áudio e o material também atende a quem tem baixa visão, então foi tudo pensado para incluir”, ressaltou a coordenadora.
Elis destaca que o curso vai orientar na busca do autoconhecimento e promover a geração de renda através do conhecimento trazendo possibilidades para que elas busquem outros caminhos e superem o período difícil que estão vivendo. “Queremos possibilitar que essas mulheres cuidem de si e dos seus”, frisou.
Em Alagoas, participam do curso as mulheres do Quilombola do Carrasco em Arapiraca, Quilombola de Mariana, Filus e Jussarinha em Santana do Mundaú, mulheres do Quilombola Poços do Lunga, Mameluco e Sítio Volta e Lagoa do Cocho de Taquarana, mulheres marisqueiras e mulheres de terreiro.
O investimento coletivo conta com emendas também das deputadas Federais Luizianne Lins (Ceará), Erika Kokay (Distrito Federal), Marília Araes (Pernambuco), Soraya Santos (Rio de Janeiro) e Dorinha Seabra (Tocantins). O projeto também vai atender aos Estados do Rio de Janeiro, Tocantins, Ceará, Distrito Federal e Pernambuco.