Covid -19

Alagoas se mantém fora da zona de alerta de ocupação de UTI Covid, diz Fiocruz

Boletim extraordinário reforça sinal de queda no indicador de leitos

Por 7Segundos 23/09/2021 11h11 - Atualizado em 23/09/2021 12h12
Alagoas se mantém fora da zona de alerta de ocupação de UTI Covid, diz Fiocruz
Alagoas registra queda na ocupação de leitos de UTI - Foto: Agência Alagoas

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou, nesta quinta-feira (23), a edição extra do Boletim Observatório Covid-19 que acompanha, no Brasil, os números da doença.

Com exceção de Espírito Santo e Distrito Federal, onde se observou crescimento, entre 13 e 20 de agosto, o indicador continua apresentando sinais de queda ou estabilização no país.

Alagoas se manteve fora da zona de alerta para ocupação de UTIs públicas em função do coronavírus. De acordo com o documento, o Estado está com 29% de ocupação de leitos para pacientes adultos com quadros mais graves.

Entre as capitais, Maceió apresenta 37% na taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19, o que também significa que está fora da zona de alerta.

Outras 21 capitais também se destacam, são elas: Porto Velho (38%), Rio Branco (4%), Manaus (50%), Boa Vista (58%), Belém (18%), Macapá (16%), Palmas (29%), São Luís (23%), Teresina (36%), Fortaleza (46%), Natal (33%), João Pessoa (15%), Recife (43%), Aracaju (21%), Salvador (24%), São Paulo (38%), Curitiba (58%), Florianópolis (37%), Campo Grande (27%), Cuiabá (43%) e Goiânia (47%).

Registros

Os pesquisadores do Observatório chamam atenção também para o aumento abrupto, verificado na Semana Epidemiológica 37 (12 a 18 de setembro), no número de casos de Covid-19 notificados no sistema e-SUS, resultado da inclusão de registros que estavam retidos, o que afetou principalmente os estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

“Entretanto, apesar desses dados novos terem contribuído para o aumento da média nacional de casos, não podem ser considerados como uma reversão de tendência de queda na pandemia”, ressaltam os pesquisadores.

Essa mudança repentina contribuiu para o aumento da média nacional de infectados, mas não representa uma reversão da tendência de melhora nos índices da pandemia. A análise compreende os dias entre 12 a 18 de setembro, a Semana Epidemiológica (SE) 37.

“Esse episódio serve como alerta para questões importantes relacionadas ao fluxo e oportunidade dos dados e suas consequências para a tomada de decisão. O atraso na inclusão dos registros relacionados às semanas anteriores contribuiu para uma subestimação dos indicadores de transmissão da doença e de casos, principalmente nesses estados, tendo como um dos resultados possíveis a flexibilização de medidas de flexibilização sem respaldo em dados”, observam os pesquisadores.