Economia

Confiança do empresário do Comércio de Maceió volta a patamares pré-pandemia

Nos últimos 24 meses, índice de setembro, a 129,3 pontos, só fica abaixo da taxa registrada em janeiro de 2020, a 130,5 pontos

Por Assessoria 30/09/2021 14h02
Confiança do empresário do Comércio de Maceió volta a patamares pré-pandemia
Centro de Maceió - Foto: Ascom Fecomércio

Diante do avanço da campanha de vacinação e da flexibilização das restrições de abertura e funcionamento, o empresário do Comércio de Maceió tem se mostrado cada vez mais otimista com as perspectivas de futuro. É o que demonstra o Índice de Confiança do Comércio (ICEC) de setembro, em pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio Alagoas, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Este mês, o índice atingiu a marca de 129,3 pontos, a melhor do ano e, ainda, o segundo maior registro dos últimos 24 meses, ficando abaixo apenas do patamar alcançado em janeiro de 2020, quando o indicador ficou com 130,5 pontos. Em comparação com setembro do ano passado (103,2 pontos), a confiança do empresário cresceu 25,29%. Em relação a agosto (120,4 pontos), na comparação mensal, o crescimento foi de 7,39%.

Para o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Victor Hortencio, nesse patamar, o indicador representa uma recuperação sustentada do otimismo do empresário da capital alagoana, que em maio deste ano, a 98,9 pontos, atingiu o menor valor dos últimos 12 meses.

“Há um ano, a pesquisa apontava para o baixo otimismo do empresariado local em meio à paralisação parcial do Comércio e às incertezas oriundas do momento crítico de pandemia. Contudo, de junho a setembro deste ano, observa-se um incremento de confiança de 22,79%, um movimento que sinaliza positivamente para a expectativa de recuperação econômica da capital alagoana, diante de um patamar de confiança que só foi visto em períodos pré-pandemia”, observou.

Estoque, investimento e contratações

Em termos globais, dentre as nove subcategorias do ICEC, o único subíndice que apresentou variação negativa mensal foi a Situação Atual dos Estoques, com queda de 0,8%. Para Hortencio, esse resultado pode ser um indicativo do contexto de programação de renovação de estoques, que deve ser percebida no início do quarto trimestre, quando a movimentação comercial tende a aumentar consideravelmente.

Já os indicadores de Nível de Investimento das Empresas e de Contratação de Funcionários registraram variação positiva na ordem de 6%. Hortencio destaca que o resultado obtido representa um possível crescimento na abertura de filais ou de reformas estruturais e um aumento na contratação de funcionários, que, segundo o CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), até agosto, em Maceió, já se contabilizava um saldo positivo de quase dez mil postos de trabalho.

Com a maior variação anual (85,9%) e mensal (13,5%), o resultado do subíndice de Condições Atuais do Empresário do Comércio, por sua vez, de acordo com o assessor econômico, pode ser interpretado como um indicativo do reflexo do avanço da campanha de vacinação e seu impacto na reabertura do comércio local, com restrições de abertura e funcionamento cada vez menores.