Justiça condena acusado de matar ex-companheira a 33 anos e seis meses de reclusão
Pena também inclui a tentativa de homicídio contra a filha da vítima; júri ocorreu nessa quarta (20)
José Luciano da Silva foi condenado a 33 anos e seis meses de reclusão pelo júri popular, que ocorreu nessa quarta-feira (20), no Fórum da Capital. Ele era acusado pelo homicídio praticado contra a ex-companheira, Maria Inês da Silva, e pela tentativa de homicídio contra a filha da vítima, Linda Inês da Silva, em 2017.
"O réu agiu com culpabilidade especialmente reprovável, porque premeditou o crime e o executou com extrema frieza, o que demonstra o alto grau de reprovabilidade da conduta", afirmou o juiz Geraldo Cavalcante Amorim, que presidiu a sessão.
Segundo os autos, o acusado agia de forma agressiva e intimidadora com a família. "Há relatos da filha da vítima e da irmã da vítima indicando que José Luciano costumava ameaçar e intimidar quem manifestasse intenção de tentar ajudar a vítima das agressões e ameaças que esta sofria", destacou o magistrado na sentença. José Luciano não poderá apelar da decisão em liberdade.
O caso
O crime ocorreu em 10 de março de 2017, no bairro Tabuleiro do Martins. As vítimas estavam se dirigindo à Delegacia da Mulher para denunciar o réu, quando foram abordadas por ele. José Luciano efetuou três disparos contra a ex-companheira e tentou atirar na filha da vítima, mas a munição falhou.
O réu confessou o crime, afirmando que teria sido motivado por uma suposta traição e inconformismo com o fim do relacionamento. Negou, no entanto, ter apontado a arma para a filha da vítima.