Economia

Vendas online e marketing digital terão maior protagonismo na Black Friday deste ano

Em Maceió, a data deverá movimentar cerca de R$33 milhões

Por Felipe Guimarães* 14/11/2021 08h08
Vendas online e marketing digital terão maior protagonismo na Black Friday deste ano
Centro de Maceió - Foto: Ascom Fecomércio

A tão esperada data para os consumidores que desejam comprar bem e barato está se aproximando. A Black Friday deste ano acontece no dia (27), na última sexta-feira do décimo primeiro mês do ano e a promessa deste ano é a de movimentar R $33,5 milhões na economia de Maceió.

Com um novo cenário da pandemia, onde as vendas presenciais estão mais permissíveis, com a possibilidade de poder experimentar os produtos, este ano deve trazer algumas novidades para os consumidores e também para os comerciantes.

De acordo com uma previsão feita pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) o comércio eletrônico deve ser o grande protagonista deste ano, uma tendência aprendida pelos consumidores por conta da pandemia da Covid-19, onde se deslocar até lojas físicas para adquirir seus produtos não parecia ser tão seguro.

Conforme a pesquisa realizada, as vendas online devem atingir 18,7% das vendas totais do comércio nacional, alcançando uma participação recorde jamais alcançada antes.

Na visão da presidente da Aliança Comercial de Maceió, Andreia Geraldo, os comerciantes que ainda não aderiram ao marketing digital ficarão para trás nesta Black Friday

“A gente acredita muito que quem ainda não aderiu as vendas online, quem ainda não aderiu inclusive ao marketing digital, ela fica para trás não só no black friday mas fica para trás no varejo como todo”, disse.

Pela internet, os itens mais buscados pelo Google também diferem um pouco das vendas mais habituais do comércio presencial. Em primeiro lugar do ranking de procuras online, estão peças de vestuário (62%), celulares (40%), livros e papelaria (38%), calçados (33%), cuidado Pessoal (27%) e computadores (26%)

Cara a cara


Apesar das mudanças e das inovações provocadas pela pandemia da Covid-19 em todo mundo, como o exemplo do aumento das vendas pela internet, o comércio mais tradicional, aquele feito cara a cara, não deve apresentar muitas mudanças nessa Black Friday.

De acordo com um levantamento realizado pela Federação do Comércio do Estado de Alagoas (Fecomercio) 34,13% dos consumidores de Maceió pretendem comprar itens durante a Black Friday, enquanto 16,87% estão indecisos e não dão certeza se irão realizar compras.

A projeção deste ano é 1,4% menor em comparação com a feita em 2020, responsável por movimentar R$34 milhões, contudo, apesar da diminuição, a Aliança Comercial de Maceió se mantém otimista e acredita em um resultado melhor para este ano.

“A expectativa que a gente tem é que certamente muito certamente será melhor do que a do ano passado. A gente está muito confiante neste ano, principalmente com o retorno das nossas atividades em horário integral, principalmente com relação a questão dos provadores, então assim a gente tem uma flexibilização total dos nossos funcionamentos e a gente acredita muito nos números que a gente vai ter na Black Friday deste ano”, comentou Andreia Geraldo.

Questionada se os produtos vendidos presencialmente deverão ser muito diferentes este ano, Andreia diz não acreditar nesse tipo de mudança, contudo o diferencial desta edição deve ser o maior fluxo de pessoas circulando pelo Centro de Maceió.

“Do ponto de vista do consumo, os produtos mais vendidos vão continuar, sim, os eletrodomésticos, os eletrônicos. Esses ainda são os grandes campeões de venda no Black Friday. Se tratando de um comércio onde a tradição é a venda presencial, em se tratando de ser o centro de uma cidade, o fluxo ele em si contribui muito para todos os segmentos”, explicou.

Porém, apesar das vendas presenciais serem a opção mais tradicional para os comerciantes, o marketing digital continua sendo indispensável para o comércio, sendo novamente citado pela presidente como um fator decisivo para o sucesso.

“As pessoas hoje, os comerciantes, os comerciários, eles estão preparados nas grandes mídias das redes sociais, então a gente acredita que com essas transformações que a gente teve que passar com a pandemia, ela vai muito ajudar agora nesse momento agora do Black Friday”, comentou.

Descontos menores


O maior diferencial de todos com relação a Black Friday de 2021 é certamente o valor ofertado nos descontos e demais promoções realizadas nesta data. Por conta da inflação que o país enfrenta. Na visão de Andreia Geraldo, a alta dos combustíveis é um dos pontos a ser levado em conta. 

“É uma cadeia, as pessoas também estão cientes, hoje principalmente o setor do comércio no Nordeste a gente paga um valor alto de frente e hoje a questão do combustível ela implica em tudo, combustível quando aumenta, ele gera impacto pra tudo, principalmente para os produtos chegarem até o nordeste, ontem mesmo tivemos informação de que os nossos produtos teriam um acréscimo de 10% a mais”, apontou a presidente.

Porém, apesar da notícia parecer desanimadora, uma pesquisa realizada pela Fecomercio demonstrou que o valor que os consumidores pretendem investir em suas compras aumentou 59,6% com relação ao ano passado, demonstrando um interesse do público em adquirir os produtos mesmo com a alta dos preços.

Para Andreia, esses dados já eram de se esperar. “Olhe o nosso cliente, assim como todos os comerciantes, sentiu o impacto desde a nossa compra, quando a gente precisou comprar, já veio tudo caro. É um problema para todo o Brasil, nossos clientes têm essa noção e sabem que realmente houve essa situação, mas eu acredito muito que os nossos clientes amam a oportunidade de compra e cabe ao segmento oferecer essa oportunidade, esse parcelamento a mais, esse preço mais baixo, todo mundo tem que entender”, afirmou.

*Com supervisão da Editoria