Na fila das privatizações do governo Jair Bolsonaro, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) já teve neste ano um lucro líquido de R$ 1,9 bilhão até setembro, conforme números ainda não divulgados oficialmente e obtidos pelo portal Valor.

Esse desempenho parcial supera o resultado verificado em todo o ano passado, mesmo sem incluir novembro e dezembro, os dois meses mais superavitários no balanço da estatal, devido ao alto volume de encomendas com a Black Friday e com o Natal, respectivamente.

Devido ao lucro acima do esperado, a privatização pode acontecer apenas no próximo ano. O Presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Alagoas, Alisson Guerreiros, comentou sobre o adiamento da privatização, afirmando que a população vai ser muito prejudicada, se de fato acontecer.

Alisson ressalta que a função dos Correios vai além da parte financeira, também há um viés social e que as empresas privadas pode não ter esse olhar.

Em exemplo, o presidente falou sobre o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), que a empresa atua em 1787 municípios entregando as provas e afirmou não saber como irá funcionar caso uma empresa privada comece atuar.

Finalizando, afirmou que os Correios estão vigilantes juntos aos senadores e é necessário um debate com a população para entenderem qual o verdadeiro papel e importância da empresa.