Em 2020, Alagoas teve o terceiro menor rendimento médio do trabalho principal das pessoas de 14 anos ou mais. Os dados são da pesquisa "Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira", realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta sexta-feira (03).

A média no estado ficou um pouco acima dos R$ 1.500, superando apenas o Maranhão (R$ 1.376) e o Piauí (R$ 1.311). As maiores se concentraram no Distrito Federal, que liderou o ranking de maneira isolada com média de R$ 4.144; seguido por São Paulo, com R$ 3.013. O valor nacional ficou pouco abaixo de R$ 2.500.

O estudo aponta que as desigualdades entre os rendimentos do trabalho também são bastante expressivas regionalmente e refletem, em parte, a distribuição das atividades econômicas pelo Brasil.

Nacionalmente, a média do rendimento-hora da população branca foi 69,5% superior à preta ou parda. Dentro dos cenários analisados, a maior diferença foi na categoria do ensino superior completo, que ficou 44,2% acima.

No ano passado, a renda mediana da raça branca foi 73,3% maior que a de cor ou raça preta ou parda. Quando falamos de gênero, os homens ganharam 28,1% a mais que as mulheres.

"A desagregação por cor ou raça, assim como o recorte por sexo, são fundamentais para o conhecimento das desigualdades de rendimentos do País. Os resultados indicam uma desigualdade estrutural, dado que esses diferenciais, salvo pequenas oscilações, foram encontrados em todos os anos da série, de 2012 a 2020", consta no levantamento.