Transporte

CBTU divulga principais causas de acidentes nas ferrovias em 2021

Companhia divulgou os números referentes ao ano passado em relação aos acidentes e total de passageiros

Por Assessoria 20/01/2022 16h04 - Atualizado em 20/01/2022 16h04
CBTU divulga principais causas de acidentes nas ferrovias em 2021
VLT Maceió - Foto: Reprodução página VLT Maceió

Apesar do número total de acidentes nas ferrovias da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) de Maceió ter diminuído em 2021, se comparado a 2020, as colisões envolvendo animais soltos próximos aos trilhos continuam preocupando a Companhia.

De acordo com o levantamento feito pela Gerência de Operações, o número de colisões envolvendo trens e animais é o maior entre os incidentes. Em 2021, foram registrados 11 ocorrências, sendo oito com animais, dois por imprudência de automóveis, e um descarrilamento. Em nenhum houve vítimas mas há registros de prejuízos materiais e consequentemente redução de frota, ainda que temporariamente.

Em 2020, mesmo com a redução de sua operação, desde abril, por conta da tragédia da Braskem que interrompeu o fluxo de pessoas e veículos na região do Mutange, Bom Parto e Bebedouro, a CBTU registrou 16 acidentes no total, nove em consequência de animais soltos nas ferrovias e seis por imprudência de veículos, motos ou ônibus.

Esses números alertam para a necessidade de conscientização dos proprietários de cavalos, bezerros e outros de não permitir que seus animais fiquem soltos ou abandonados às margens das ferrovias, o que costuma ocorrer principalmente nas periferias e zona rural. Reforça a importância do trabalho de fiscalização das prefeituras.

Acidentes prejudicam a todos, os donos dos animais, os passageiros que precisam do VLT, e a CBTU que arca com o prejuízo. O coordenador de Operações, Stênio Gonçalves, informa que as locomotivas ao sofrerem estas colisões, necessitam de reparos e ficam sem circular por um tempo. “Para mim o pior prejuízo é não poder oferecer o VLT para a população'', afirma.

Diariamente os maquinistas tentam contornar o perigo que enfrentam ao avistar animais soltos e conseguir continuar a viagem de forma segura: para evitar a colisão, se veem obrigados a esperar que o animal saia da frente do trem, atrasando a viagem dos usuários. No entanto, por vezes não é possível evitar este acidente e a sensação é de “Impotência”, segundo o maquinista Luciano Alves Figueiredo.

Alves tem 15 anos de CBTU e já presenciou várias colisões com animais, “É bem frequente encontrar animais próximo ao trilho, principalmente nos trechos entre as estações de Flexal e Satuba”, afirma.

Denúncia

Ao ver um animal solto próximo aos trilhos, é possível comunicar ao Centro de Controle de Operação da CBTU, por meio do telefone (82) 2123-1725, que funciona das 05h às 20h30.

Além da Unidade de Zoonoses, da Prefeitura Municipal de Maceió, que passou a receber denúncias pelo Whatsapp no número (82)98882-8240 das 08h às 17h, e do telefone fixo 3312-5485, das 08h às 17h e das 18h às 22h (exceto feriados). Nos demais municípios, a denúncia deve ser feita na Prefeitura local.

CBTU transportou 467 mil passageiros em Maceió

Ao longo do ano de 2021, 467 mil passageiros foram levados aos seus destinos VLT da CBTU. Ao todom, foram exatos 73.173.856 usuários transportados nas superintendências de Belo Horizonte, João Pessoa, Maceió, Natal e Recife.

O número é semelhante ao de 2020, quando 73,8 milhões de brasileiros foram transportados em meio aos desafios de operar um meio de transporte de massa durante a pandemia da COVID-19.

Para se ter uma ideia do impacto da pandemia no número de passageiros, em 2019, antes da crise sanitária, o número total havia sido cerca de 157 milhões, ou seja, houve uma redução em cerca de 55% de pessoas que utilizam os sistemas da CBTU.

Em Recife, ao longo de 2021, 48,5 milhões de passageiros utilizaram o sistema de trens urbanos da CBTU. Já Belo Horizonte registrou um total de 21,4 milhões de usuários. Natal contabilizou 1,5 milhão, seguida por João Pessoa (1,1 milhão).