Huan Gomes de Souza, acusado de praticar golpes em idosos, teve o pedido de liberdade negado pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) nesta quarta-feira (02).

O pedido, que foi negado com unanimidade pela Câmara Criminal do TJ, foi feito pela defesa de Huan, que fez a petição de um habeas corpus pois, segundo os advogados, “não estarem presentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva".

Sebastião Costa Filho, relator do processo, afirmou que a gravidade dos crimes do acusado, que envolvem estelionato, extorsão e lavagem de dinheiro, argumentam contra o habeas corpus.

"Tais peculiaridades reclamam, ao menos num olhar inicial, a constrição cautelar da liberdade dos agentes, com fundamento na garantia da ordem pública como forma de se evitar a reiteração delitiva", argumentou o relator.

O caso

Huan Gomes de Souza está preso preventivamente acusado de integrar uma quadrilha especializada em fazer fraudes contra idosos, tendo roubado mais de 1 milhão das vítimas.

De acordo com os autos do processo, a quadrilha contatava as vítimas prometendo pagamentos referentes à uma antiga previdência complementar, a Capemi, já falida.

A quadrilha convencia as vítimas de que precisavam quitar falsas taxas para poder receber os pagamentos da previdência. Uma vez pagos, os autores do crime ainda criavam mais falsos honorários, como supostas taxas da Receita Federal.

Segundo os autos da ocorrência, o grupo obteve R$ 1.370.626,93 de pelo menos 28 vítimas.