Maceió

Ala do Hospital Portugal Ramalho é isolada pela Defesa Civil após estrondos assustarem funcionários e pacientes

Rachaduras na estrutura do prédio ficaram aparentes após as explosões

Por 7Segundos 19/02/2022 07h07
Ala do Hospital Portugal Ramalho é isolada pela Defesa Civil após estrondos assustarem funcionários e pacientes
Após os estrondos, várias rachaduras apareceram no local - Foto: Reprodução/ TV Gazeta

Funcionários e pacientes do Hospital Portugal Ramalho, em Maceió, foram surpreendidos, no último sábado (12), por estrondos que resultaram no surgimento de novas rachaduras na ala pediátrica que fica localizada no bairro do Bebedouro, um dos bairros afetados pelo afundamento do solo devido às atividades da Braskem. Para a segurança de todos, a Defesa Civil de Maceió decidiu isolar uma das alas.

No momento do incidente, quatro funcionários estavam na sala do posto de enfermagem do hospital. Após os estrondos, eles saíram correndo do local e, ao retornaram, já perceberam as rachaduras.

Em entrevista à TV Gazeta, a coordenadora da unidade psiquiátrica, Ana Patrícia, informou que trabalhar no local tem sido difícil por causa do medo provocado pelas rachaduras.

“Estamos trabalhando na insegurança, com medo mesmo. Ficamos até intimidado de vim até para o setor. Têm funcionários que estão com medo de vim dar a sua carga horários. Os funcionários que estavam de plantão sentiram um estrondo grande. Foi estrondoso mesmo”, relata a coordenadora à TV Gazeta.

O Hospital Portugal Ramalho informou que, após a ocorrência, a Defesa Civil avaliou o prédio e solicitou que a ala permanecesse isolada até o fechamento do laudo pericial.

Ainda segundo o órgão municipal, a ocorrência registrada também foi provocada pelas perfurações feitas pela Braskem, e que a solução seria as obras de contenção já solicitadas anteriormente.

O hospital tem 164 leitos e existe há 64 anos. Ele iria passar por uma reforma geral, que foi adiada porque a estrutura está na área de instabilidade do solo onde a mineradora Braskem atuava. O Ministério Público Federal se reuniu com a direção do Hospital Ramalho para buscar a indenização.

Braskem informou que negocia com o hospital a assinatura de um termo de compromisso para iniciar a manutenção necessária neste momento e que a realocação definitiva segue o mapa de desocupação da área.