Política

“Não respeitarei portarias ilegais”, diz Leonardo Dias sobre passaporte sanitário nas escolas

Segundo o vereador, as autoridades não têm discutido o tema sob o olhar da Ciência

Por 7Segundos com Assessoria 04/03/2022 18h06
“Não respeitarei portarias ilegais”, diz Leonardo Dias sobre passaporte sanitário nas escolas
Leonardo Dias diz que passaporte da vacina "é de cunho autoritário" - Foto: Assessoria

O vereador Leonardo Dias participou, na manhã desta quinta-feira (3), da Audiência Pública que discutiu a exigência do comprovante da vacina contra a Covid-19 nas escolas públicas e privadas de Maceió. O evento foi proposto pela vereadora Gaby Ronalsa (Democratas) e contou com a presença de inúmeros pais de alunos, além de advogados e médicos.

As críticas à portaria – emitida pela Justiça de Alagoas – exigindo que escolas cobrem dos pais dos alunos o comprovante vacinal, foram quase unânimes. Muitos dos participantes adotaram uma postura semelhante à da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB/AL) e destacaram que o meio judicial não seria o adequado a ser seguido diante da ausência de lei que determine essa obrigação.

Em seu pronunciamento, Leonardo Dias defendeu, mais uma vez, a liberdade dos pais de decidirem se submeterão ou não seus filhos à vacina contra a Covid-19. Segundo o vereador, somente o debate gerado em torno do tema já deveria impedir a exigência do imunizante pelas escolas municipais e outros estabelecimentos públicos.

"Eu não sou anti-vacina. Tomei as minhas. No entanto, muito se fala sobre respeito, mas ninguém quer respeitar o direito do outro. Só a existência desse debate já mostra que o passaporte vacinal não pode ser exigido, porque há divergências. A Ciência e o Direito ainda têm dúvidas. A vacina ainda é experimental. Isso é um fato documentado.”, lembrou o vereador.

O edil enfatizou que as autoridades não têm discutido o tema sob o olhar da Ciência. Para Dias, a maioria dos governantes aproveitaram a pandemia para avançar com imposições autoritárias e que o debate tem sido baseado na demonstração de “poder e não na preocupação com a Saúde dos brasileiros”.

"Não se trata de Saúde, se trata de poder. Nós não estamos discutindo o bem-estar da população. Há dois anos nós presenciamos uma escalada autoritária e totalitária dos nossos representantes, que chegaram ao ponto de prender mulheres que estavam caminhando em praças. Prenderam pessoas que estavam tomando banho de praia. Aqui [em Maceió], chegou-se ao ponto até de fechar a praia, o que eu nunca vi algo como esse na minha vida”, colocou.

"Eu sou presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente e fiz uma denúncia ao Ministério Público sobre as condições sub-humanas em que as crianças abrigadas estavam vivendo, muitas delas sem cama. Eu vi um escorpião a poucos metros do colchão que uma criança dormia. Esse é o Estado que quer dizer que nós não cuidamos dos nossos filhos? Se o Estado é incapaz de zelar pela segurança daqueles que estão sob sua tutela, não será nos meus filhos que eles vão meter a mão. Vão ter que passar por cima de mim. Não respeitarei uma portaria ilegal. Vacinarei os meus filhos quando minha esposa e eu chegarmos à conclusão de que a vacina é segura", complementou.

O vereador prosseguiu seu discurso relembrando que não é contra a vacinação, mas defende que portarias de cunho autoritário sejam revogadas para que a população tenha absoluta liberdade de escolha.

"Nós temos também portarias ilegais no Executivo. Entre elas, uma que chegou ao ponto de retirar o salário de quem tem atestado médico contra a vacina. Servidores concursados têm garantias do concurso que fizeram, pois no edital não constava a obrigação de se vacinar para poder trabalhar. É preciso respeitar o direito de quem não quer participar desse experimento.", concluiu o vereador.