Publicitária relata dificuldade em realizar terapia hormonal pelo sistema público
Késia Willyanne precisa de apoio para conseguir comprar bloqueadores hormonais

Nesta terça-feira (28) é celebrado internacionalmente o Dia do Orgulho LGBTQIAP+ em todo o mundo, em homenagem aos protestos de Stonewall, ocorridos nos Estados Unidos em 1969. Após 53 anos desta data, minorias sexuais e de gênero relatam dificuldades de utilizar o sistema público de saúde para conseguir direitos básicos e afirmar a sua cidadania.
Para a publicitária Késia Willyanne o acesso aos seus bloqueadores hormonais auxiliam no seu processo de entendimento enquanto mulher trans e eles não se encontram disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Maceió. (Saiba como ajudar Késia ao final da matéria)
“Os bloqueadores custam em volta de R$170 e particularmente não estou conseguindo encontrá-los nas farmácias daqui. Os farmacêuticos falam que não possuem o medicamento puro, apenas misturado com outras substâncias, o que não é viável para a minha terapia hormonal”, comentou.
Tendo iniciado a sua transição por conta própria há aproximadamente dois anos, Késia relatou ter contado com o apoio de terceiras para conseguir dar os primeiros passos na busca por ser quem ela realmente é.
“Eu comecei por conta própria, com o auxílio de outras meninas transexuais que já faziam terapia hormonal. Eu sabia que existiam riscos através de pesquisas que fiz online antes de começar a transição. Porém, não fazia ideia do perigo da terapia por conta”, relatou.
Questionada se em Alagoas existiam locais apropriados para a realização da sua terapia hormonal, a comunicadora afirmou estar sendo amparada pelo ambulatório trans, vinculado ao Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
“Eu faço [a terapia hormonal] através do ambulatório trans no Hospital Universitário, mas já ouvi falar que o serviço também está disponível no hospital da mulher”, revelou.
De acordo com o seu relato, Késia deixou claro a necessidade de conseguir realizar a sua terapia hormonal, pois sem ela, o seu processo de transição se encontra incompleto.
“Eu sempre fui uma mulher dentro de mim, mas a terapia me ajuda a externá-la. E eu me sinto melhor quando noto cada processo da minha evolução. Cada traço feminino que é acentuado no meu corpo diminui a minha disforia”, disse.
Ainda conforme a publicitária, a sua maior dificuldade encontrada no momento é a financeira, pois apesar dos trabalhos ofertados pelo serviço público, o governo do Estado ainda não oferece o seu tratamento de forma gratuita.
“O financeiro é o que mais aperta. Uma vez eu ouvi uma mulher trans falando que só transicona quem realmente tem vontade, porque é um processo muito caro. E é realmente. Os serviços ofertados pelo HU são maravilhosos e nos possibilitam um acompanhamento humanizado e uma transição mais tequila e segura. Mas infelizmente, o nosso estado ainda peca em não nos oferecer os medicamentos e cirurgias”, desabafou.
As pessoas interessadas em auxiliar Késia Willyane em seu processo de transição podem fazer doações diretas para a jovem fazendo doações em qualquer valor para a chave PIX 82987550195 apoiando diretamente a sua busca por se sentir quem realmente é
Últimas notícias

Semurb fiscaliza despejo irregular de esgoto na bacia do Rio Jacarecica

Mega-Sena sorteia nesta terça-feira prêmio acumulado em R$ 45 milhões

Projeto de ilustrador alagoano transforma Maceió em arte

Consórcio Aero Maragogi pede autorização ambiental para funcionamento do Canteiro de Obras

Prefeito de Junqueiro manifesta solidariedade ao gestor de Rio Largo

Acidente entre duas motos é registrado em Palmeira dos índios
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
