Polícia

Defesa diz que cuidadora confirma golpe, mas nega ter dopado idoso

Advogado busca mudar acusação de roubo para furto

Por 7Segundos com TV Pajuçara 29/06/2022 16h04
Defesa diz que cuidadora confirma golpe, mas nega ter dopado idoso
Defesa diz que cuidadora confirma golpe, mas nega ter dopado idoso - Foto: Reprodução / TV Pajuçara

O advogado de defesa da cuidadora que aplicou um golpe em um idoso, Farid Jorge, confirmou que ela usou o cartão de crédito da vítima para comprar bens, mas negou que tenha dopado o professor aposentado de 94 anos, dizendo que não o medicava.

O montante gasto chega a R$ 27 mil, entre celular, móveis e eletrodomésticos. A vítima morreu há cerca de duas semanas e nessa terça-feira (28) a família denunciou a jovem de 21 anos à polícia, que agora investiga se a morte tem relação com as supostas altas doses de remédios aplicadas no idoso.

"Minha cliente é réu confessa. Admitiu o furto, mas não ministrou medicamentos à vítima com o intuito de roubar. Iremos buscar a desqualificação do crime de roubo para furto, uma vez que a investigação da polícia não provou isso e nem a cuidadora confessou", afirmou o advogado.

A defesa acredita que os exames pedidos pela polícia são uma maneira de provar a inocência da cuidadora. "Ela está bastante arrependida pelo fato de ver que o crime foi elucidado. Prestou depoimento com comoção e está aqui para responder pelos atos cometeu", finalizou.

O caso

Uma cuidadora foi acusada de dopar o idoso que tomava conta, de 94 anos, e dar um golpe de R$ 27 mil. Ela trabalhava na residência do professor aposentado, que fica na Ponta Verde, parte baixa de Maceió.

"Soubemos do caso a partir da esposa da vítima, que também é idosa. Ela veio registrar um BO contra a cuidadora em abril. No dia seguinte, trouxe os extratos do cartão de crédito que continham várias compras. Achamos a suspeita porque ela colocou o endereço pessoal dela nas notas fiscais", relatou o delegado.

Após expedir um mandado de busca e apreensão, a polícia encontrou apenas um celular modelo iPhone que foi comprado usando recursos do idoso. Os demais objetos não foram encontrados porque a acusada vendeu todos, como contou em depoimento. Ela não estava em casa no dia da ação.

Assim que o inquérito policial for concluído, o delegado vai representar pela prisão preventiva da suspeita.