No primeiro semestre de 2022, a Justiça de Alagoas emitiu mais de 800 medidas protetivas para mulheres. Somente em Maceió, os números contabilizados até essa segunda-feira (25) apontaram que foram mais de 700 solicitações do tipo. Os dados são do Tribunal de Justiça de Alagoas.

Em entrevista à TV Pajuçara, o juiz Paulo Zacarias disse que, pelo fato da Lei Maria da Penha estar sendo mais divulgada, as mulheres estão mais encorajadas a denunciar. "Está sendo eficiente. O levantamento aponta para uma média de mais de 100 denúncias por mês. Isso há cerca de três anos era bem menor".

O magistrado explica que a tendência é de aumento, uma vez que existe o fortalecimento da rede de proteção, não só do Poder Judiciário, mas também da Patrulha Maria da Penha, do Ministério Público, da Defensoria Pública e das delegacias especializadas na capital.

"Temos todo um aparato jurídico, físico e estrutural para dar apoio a essas mulheres. E ela deve solicitar essa medida assim que se sentir ameaçada, seja por qualquer tipo de violência, física, moral, psicológica, patrimonial, sexual. É preciso buscar o socorro imediatamente, para encerrar esse ciclo ao primeiro sinal de agressão, que pode culminar em um feminicídio", pontuou.

Zacarias ainda informou que as duas vítimas de feminicídio na semana passada em Maceió não haviam solicitado medida protetiva. "Fujam ao primeiro sinal de violência".