PC deve concluir inquérito sobre feminicídio no Antares ainda nesta semana
Após a conclusão, o documento será encaminhado a Justiça
A Polícia Civil de Alagoas deve concluir ainda nesta semana o inquérito sobre o feminicídio ocorrido na última quinta-feira (21), no bairro do Antares, parte alta de Maceió. Após a conclusão, o documento será encaminhado para a Justiça, para realização dos devidos procedimentos legais.
Internado em estado estável no Hospital Geral do Estado (HGE) desde o dia do crime, Alisson Bezerra da Silva, de 44 anos, seria ouvido pela polícia na manhã desta terça-feira (26), pelo delegado responsável pelas investigações, Rodrigo Sarmento. O suspeito já havia recebido visitas, inclusive do irmão, e estava consciente.
Entretanto, quando os policiais chegaram ao local, o delegado constatou que Alisson estava "aéreo", sem responder a nenhum estímulo. Outros pacientes que estavam na mesma área alegaram que ele não se alimentava há dias, não falava com ninguém e só ficava olhando para o teto. Por tanto, não foi possível coletar o depoimento.
"O inquérito vai ser enviado à Justiça assim mesmo, por conta do prazo. Nós ouvimos uma testemunha que morava com o casal, que detalhou os momentos do crime e que era um relacionamento conturbado. A Polícia Civil considera que o caso já está esclarecido. Se depois ele tiver condições de falar, será ouvido pela Justiça quando for convocado", explicou o delegado.
A testemunha contou à polícia que Alisson já havia ameaçado e agredido a esposa algumas vezes, mas que ela não quis registrar um boletim de ocorrência, porque tentava "resgatar a família". No dia do crime, ela contou que ficou com receio de subir ao primeiro andar da residência, com medo do que o suspeito poderia fazer.
Quando viu que ele tinha cometido o feminicídio, ligou para alguns familiares e uma tia dele foi ao local. A mulher estava morta e ele ferido. A polícia foi acionada e realizou a prisão em flagrante, no dia seguinte convertida em preventiva pela Justiça.
Alisson pode pegar de 12 a 30 anos de prisão. "Para a Polícia Civil ele é imputável e responsável pelos atos. Caso haja alguma alegação de inimputabilidade, cabe a defesa do suspeito apresentar provas perante à Justiça", encerrou Sarmento.
O caso
A advogada Maria Aparecida Bezerra, de 54 anos, foi assassinada com 14 facadas pelo marido, dentro da própria casa. Depois, Alisson tentou tirar a própria vida, mas foi impedido por uma tia.
Segundo informações, ele sofre de depressão e a esposa estava o levando para uma consulta com psiquiatra, para que fosse convencido que precisaria ser internado, nem que fosse de maneira compulsória (contra a vontade).
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