A Receita Federal em Alagoas iniciou uma investigação para identificar o dono da mercadoria apreendida em um barco, que encalhou na Barra de São Miguel, Litoral Sul. O fato ocorreu na última quarta-feira (12) nas proximidades do Gunga, mas a informação só foi divulgada pela Marinha do Brasil nessa sexta-feira (14).

O delegado da Receita, Reinaldo Almeida, contou que os produtos foram levados ao depósito para o trabalho investigativo. "Parte foi saqueada, parte ficou submersa. Provavelmente, eram mercadorias de importação irregular. Com a identificação do proprietário, vamos intimá-lo a pagar algum tributo ou apreender os produtos".

Reinaldo explicou que, a partir da conclusão da investigação, existem três possíveis destinos para a mercadoria: leilão, doação ou destruição. A destinação, no entanto, só será definida posteriormente.

O barco estava carregado com materiais como óculos de sol, carregadores de celular, tênis e camisetas. Ao todo, foram de 50 toneladas em mercadoria, sem nota fiscal, possivelmente contrabandeadas.

"Pode ser uma embarcação de Alagoas ou da região, que foi carregada em alto mar por um navio. Acho improvável. O que nós já temos histórico é de alguns desses barcos que vêm direto do exterior, de países do Caribe, com os produtos de importação proibida, como drogas, ou irregular. Em Natal (RN), é muito comum. E acaba funcionando como centro de distribuição", detalhou Reinaldo.

A Receita Federal aguarda que a Marinha faça a identificação do dono do barco que encalhou, uma vez que não foram encontrados tripulantes no local. Essa informação deve ajudar o órgão fiscal a localizar o proprietário das mercadorias mais rapidamente.