Escutar um vinil não é apenas uma viagem pelo tempo, mas uma experiência sonora e estética que traz sensações diferentes do digital. É uma música palpável que vai desde o encarte, ao vinil e o som único.

Nesta semana, o Relatório da Associação Americana da Indústria de Gravação revelou que, somente no ano passado, foram vendidos mais de 41 milhões de discos de vinil contra 33 milhões de CDs, o que representa um lucro de mais de R$ 6 milhões. Pela primeira vez, desde 1987, as vendas de discos em vinil ultrapassaram as de CD.

O que antes era chamado de "modinha", se consolidou como um nicho de mercado também no Brasil. Mas quais os motivos que fizeram os vinis voltarem ao gosto popular?

Fillipe Lyra, carinhosamente conhecido como "Brigadeiro" (@brigaadeeiro), usa as suas redes sociais para mostrar sua coleção de discos e fazer resenhas deles, desde a cor do vinil, o encarte e as faixas. Sua paixão pelos vinis vem da infância, quando ouvia álbuns que os adultos, naquela época, colocavam pra rodar ou até mesmo vinis infantis.

"Tenho uma memória muito afetiva e um carinho pela mídia. Acabei conhecendo muitos grupos, bandas e artistas que não cresci ouvindo mas que os adultos daquela época sim, e que queriam que eu conhecesse. Tenho muitos em minha coleção vai do infantil ao rock, pop, rap, mob e aos poucos meu catálogo pessoal vai crescendo".

Para ele a experiência é única: "Literalmente, uma música palpável. É o áudio crocante. É acompanhar as letras das músicas naquele encarte grande e bem produzido, recheado de fotos e detalhes".

"Sim, sou a pessoa que lê tudo: quem compôs, produziu, os agradecimentos. Em meu catálogo pessoal tem preto, branco, laranja marmorizado, vermelho, translúcido, picture disc, que são vinis com uma foto prensada no meio, e por aí vai. São belíssimos!", completou.