Casos de discriminação no futebol não estão longe da realidade alagoana
Relatório aponta, pelo menos, três casos nos últimos anos
                            Vinicius Jr. convive com racismo há pelo menos duas temporadas na Espanha. O limite chegou neste domingo (21), durante derrota do Real Madrid para o Valencia, em que o atacante brasileiro foi, novamente, alvo de ofensas pesadas dos torcedores rivais em uma partida de LaLiga. Mas esse não é um caso isolado no exterior. No Brasil, todos aos anos casos de discriminação são registrados.
O 7Segundos fez um levantamento nos Relatórios Anuais de Discriminação Racial no Futebol do Observatório Racial e encontrou três casos ocorridos no últimos anos em Alagoas, sendo um em 2019; outro em 2020 e um terceiro em 2021.
No primeiro ano, o relatório traz o caso "Raquel Ferreira, árbitra assistente". No dia 31 de janeiro durante o jogo CSA x Murici pelo Campeonato: Campeonato Alagoano no Estádio Rei Pelé, após jogada confusa com gol do CSA, o árbitro da partida, José Jaini Bispo hesitou em validar o gol e os jogadores do Murici F.C. partiram para cima da assistente Raquel Ferreira Barbosa para intimidá-la.
Raquel considerou que os jogadores exageraram na cobrança, que a abordagem foi muito mais dura pelo fato de ser mulher. O presidente da Comissão Estadual de Arbitragem, Charles Hebert pediu punição exemplar aos jogadores que tentaram intimidar Raquel. O caso não foi relatado em súmula e não foram identificadas informações se os atletas receberam alguma punição pela agressão.
No ano de 2020, Felipe, atleta do Confiança Esporte Clube de Sapé (PB) , durante partida no dia 19 de dezembro, pelo campeonato Sub-17 da Copa Alagoas, denunciou ataques racistas praticados por um membro da comissão técnica do time adversário, o Esporte Clube Cruzeiro, de Arapiraca-AL. O atleta teria sido chamado por diversas vezes de “macaco” pelo integrante do Cruzeiro Alagoano.
O Clube Confiança se solidarizou com a vítima e reiterou, através de nota publicada nas redes sociais do clube, que seu posicionamento é contra toda forma de racismo. O Cruzeiro Alagoano respondeu à nota publicada pelo Confiança e afirmou que também repudia qualquer ato de racismo. O time também afirmou que diante da exposição de provas do ocorrido pelo Confiança Esporte Clube, iria tomar “todas as medidas cabíveis para combater tal ato”.
Já em 2022, o Desportivo Aliança denunciou um caso de racismo contra o lateral-esquerdo Geovani, do seu time sub-20, no dia 21 de outubro, durante partida contra o CRB pelo campeonato alagoano Sub-20.
De acordo com a diretoria do clube, uma pessoa que estava assistindo ao jogo chamou o atleta de “macaco”. A ofensa foi registrada em vídeo. O agressor foi retirado das arquibancadas pela Polícia Militar.
A arbitragem registou o caso de racismo na súmula. O caso foi encaminhado para Federação Alagoana de Futebol (FAF), que informou que identificou o agressor, mas não divulgou o nome.
A Desportivo Aliança mostrou todo apoio ao jogador e repudiou as ofensas sofridas. O atleta Geovani preferiu não registrar boletim de ocorrência. O CRB, em nota, também repudiou o racismo. A FAF encaminhou o caso para Tribunal de Justiça Desportiva de Alagoas.
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