Após ter perfis bloqueados por Moraes, Monark entra com recurso para reativação
Defesa do influenciador pede que o ministro reconsidere o bloqueio ou envie o recurso para julgamento no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF)

O influenciador Bruno Aiub, conhecido como Monark, entrou, nesta quarta-feira (28), com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão que bloqueou seus perfis nas redes sociais.
A defesa pede que o ministro Alexandre de Moraes, autor da decisão, reconsidere o bloqueio ou envie o recurso para julgamento no plenário da Corte.
Moraes mandou tirar os perfis do ar após receber um alerta do setor de enfrentamento à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do qual é presidente.
O órgão denunciou um vídeo em que Monark levanta suspeitas sobre a transparência das urnas e questiona se o TSE teria interesse em “manipular” as eleições.
“A gente vê o TSE censurando gente, a gente vê o Alexandre de Moraes prendendo pessoas, você vê um monte de coisa acontecendo, e ao mesmo tempo eles impedindo a transparência das urnas?”, questiona o influenciador no vídeo. “Qual é o interesse? Manipular as urnas? Manipular as eleições?”, prossegue.
O advogado Jorge Urbani Salomão, que representa Monark, argumenta que o ofício do setor de combate a fake news do TSE não é suficiente para justificar a decisão e acusa Moraes de parcialidade.
“Quem é, na ordem do dia, a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral? É parte? Está substituindo-se ao papel da Procuradoria-Geral da República? Detém algum poder de polícia? Referido órgão, com a importância para a qual deva ter sido criado, até poderá servir ao presente inquérito, mas apenas em caráter meramente de elemento informativo”, questiona Jorge Urbani Salomão.
A defesa alega ainda que o influenciador fez “indagações opinativas, sem caráter de informação”, e que as declarações não podem ser classificadas como fake news.
“As censuras não podem servir como remédio ou veneno de nenhuma espécie, sob pena de instaurar verdadeiro estado autoritário e ditatorial”, segue o advogado. “Onde está o conteúdo mentiroso nas falas do agravante para além de manifestar o que pensa sobre o sistema eleitoral brasileiro?”
O bloqueio ordenado por Moraes alcança as contas de Monark no Instagram, Rumble, Telegram, Twitter e YouTube.
Discursos com conteúdo de ódio
Ao mandar tirar os perfis do ar, Moraes argumentou que a medida é necessária para interromper a divulgação de “discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática”.
“O papel dos instigadores dos atos, especialmente nas redes socais, não é circunstância de menor relevância, ficando claro que os referidos meios de comunicação são parte essencial da empreitada criminosa que resultou nos estarrecedores atos testemunhados no dia 8/1/2023?, diz um trecho da decisão.
O ministro também determinou que Monark não pode publicar, promover, replicar ou compartilhar fake news e, se descumprir a decisão, será multado em R$ 10 mil por dia.
Últimas notícias

Deputado Fabio Costa cobra ação da Secretaria de Segurança após tiroteio no Jacintinho

Sucesso no Bosque, telão transmitirá 1º jogo do ASA pelas quartas de final da Série D neste sábado (30)

Lula assina decreto da TV 3.0; novo sistema deve começar em 2026

Mulher é presa por tráfico de drogas e corrupção de menores em Coqueiro Seco

Prefeitura de Arapiraca avança na modernização da gestão com plataforma inovadora

Após ordem de Moraes, polícia começa a monitorar casa de Bolsonaro
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
